01/09/2025
O 'empurrão' da Apple à China na corrida com os EUA pela liderança do setor tecnológico
O jornal japonês Nikkei Asia indica que 87% dos fornecedores da Apple possuem fábricas na China.
BBC/David Paul Morris/Bloomberg via Getty Images
A fabricação de produtos na China por empresas tecnológicas americanas, como a Apple, parecia, até pouco tempo, uma jogada empresarial de mestre.
A equação era simples. Produzir na China é mais barato e, portanto, maior é a margem de lucro.
Mas, talvez sem perceber, as empresas americanas passaram anos alimentando seus futuros concorrentes.
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Produzindo telefones celulares, veículos elétricos e muitos outros produtos para empresas estrangeiras, a China desenvolveu capacidades industriais, tecnológicas e humanas com as quais dificilmente outro país consegue competir hoje em dia.
Se as empresas americanas utilizavam o país asiático para fabricar produtos baratos, a China, por sua vez, as usava para sustentar seu desenvolvimento tecnológico. E não foi por acaso.
O pesquisador em pós-doutorado Kyle Chan, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, explica que a China desenvolveu um esforço bastante deliberado para atrair e utilizar empresas como a Apple para melhorar toda a sua economia.
"Nunca foi simplesmente dizer: 'OK, venham fabricar aqui, fiquem ricos e todos ficamos satisfeitos'", ele conta.
"Não. Na realidade, é como dizer: 'Vocês precisam contribuir com algo para o desenvolvimento da China'. E não só a Apple, mas também a Volkswagen, Bosch, Intel, SK Hynix e Samsung."
Os especialistas concordam que o centro de gravidade da indústria tecnológica no mundo está se deslocando.
Os dias em que os Estados Unidos eram praticamente o único país capaz de produzir tecnologias com o potencial de mudar a história da humanidade terminaram. O que existe hoje em dia é uma concorrência feroz em todos os setores.
"Não se trata mais de uma corrida com um só cavalo", declarou o diretor para a China da empresa de consultoria americana The Asia Group, Han Shen Lin, para a BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
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A Apple mudou sua produção para a China no início dos anos 2000
BBC/Getty Images
Como isso aconteceu?
No seu livro Apple in China: The Capture of the World's Greatest Company ("Apple na China: a captura da maior empresa do mundo", em tradução livre), o ex-correspondente do jornal britânico Financial Times no Vale do Silício, Patrick McGee, expõe, com base em mais de 200 entrevistas com ex-funcionários da empresa, que a decisão da Apple de fabricar mais de 90% dos seus produtos na China gerou grandes lucros, mas não apenas isso.
"A fortuna da Apple e sua sofisticada produção desempenharam papel fundamental no financiamento, capacitação, supervisão e abastecimento dos fabricantes chineses", explica ele. "Agora, Pequim está usando essas habilidades como arma contra o Ocidente."
Nesta mesma linha, Chan afirma que, com o passar do tempo, fornecedores chineses começaram a substituir as fábricas estrangeiras que faziam parte da cadeia de produção do iPhone e outros aparelhos da Apple.
"Começando pelo básico, como as peças de cristal [as lentes e as telas], passando pelos módulos da câmera e, por fim, os próprios chips", segundo o professor.
Uma análise realizada em 2024 pelo jornal japonês Nikkei Asia indicou que 87% dos fornecedores da Apple possuem fábricas na China e mais da metade tem sua sede principal no país ou na região administrativa especial de Hong Kong.
Embora a Apple tenha tratado de diversificar os países onde são fabricados os insumos dos seus aparelhos, a empresa continua dependendo em larga escala de fabricantes na China ? e de trabalhadores chineses que ganham US$ 1 a US$ 2 (cerca de R$ 5,45 a R$ 10,90) por hora.
McGee chega a afirmar que, se quisesse, o governo chinês poderia acabar com a produção da Apple de um dia para o outro.
O governo americano acusou a gigante chinesa Huawei de espionagem e roubo de propriedade intelectual.
BBC/VCG/VCG via Getty Images
Além de se transformar no fornecedor da Apple por excelência, a China aprendeu a desenvolver seus próprios telefones celulares, veículos elétricos e até modelos de inteligência artificial tão sofisticados quanto os americanos.
Os engenheiros e os investimentos milionários da Apple e de outras empresas ocidentais transferiram conhecimento e capacidades de inovação fundamentais para a China. Eles colaboraram diretamente com gigantes chineses da tecnologia como a Huawei, Xiaomi e BYD, segundo McGee no seu livro.
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Foi assim que chegamos ao momento atual, em que os Estados Unidos permanecem na vanguarda, mas a China detém seus próprios gigantes para disputar a corrida.
Nas palavras de Han Shen Lin, "os Estados Unidos continuam liderando nas tecnologias fundamentais e nos chips avançados, mas a China está reduzindo distâncias rapidamente em inovação e produção em escala no setor de aplicativos".
Kyle Chan acrescenta que "a China começou a ultrapassar os Estados Unidos em algumas áreas e a grande questão aqui é a velocidade dessa ultrapassagem".
A batalha pela IA
Um setor que reflete como poucos a voraz concorrência entre a China e os Estados Unidos é o da inteligência artificial, considerada a joia da coroa da indústria tecnológica no momento.
A China investe decididamente no desenvolvimento de IA há décadas, mas os Estados Unidos pareciam estar muito à frente com o GPT-3, o revolucionário modelo de linguagem lançado pela empresa americana OpenAI em 2020.
E os lançamentos posteriores das diferentes versões do ChatGPT, cada uma melhor que a anterior, conquistaram o mundo.
Mas, quando poucas pessoas esperavam, surgiu no panorama, em janeiro deste ano, o chatbot chinês DeepSeek, muito parecido com o ChatGPT. E seus criadores indicam que seu desenvolvimento custou uma pequena fração dos valores gastos pelo seu concorrente.
O presidente americano, Donald Trump, se referiu à notícia como uma "advertência" para a indústria de tecnologia dos Estados Unidos.
"O importante não foi só que, de repente, um modelo chinês fosse quase tão bom quanto os melhores modelos americanos, nem que tivesse sido elaborado com menos recursos de informática e, segundo eles, a um custo muito menor", explica Chan.
"Mas sim ? e isso é realmente fundamental ? que tenha sido elaborado desafiando as restrições de exportação de chips para IA."
Desde 2022, os Estados Unidos impedem que clientes chineses comprem os chips H100 codificados da Nvidia, os mais avançados que existem para o treinamento de sistemas de inteligência artificial.
Em seu lugar, a empresa produz versões menos potentes dos seus chips, dirigidas especificamente para seus clientes na China.
Por isso, para Chan, o lançamento de um chatbot chinês que pode competir com seu correspondente americano era uma questão "de patriotismo".
"Para os chineses, aquilo era um desafio para a supremacia americana", segundo ele.
A DeepSeek afirma ter treinado seu modelo de linguagem usando os chips menos potentes que a Nvidia vende no mercado chinês. Mas existem rumores de que o fundador da empresa teria comprado uma grande quantidade de chips H100 e combinado com outros menos sofisticados.
Em abril, Trump proibiu as exportações do chip H20, o mais avançado que se permitia vender para a China até então, alegando riscos para a segurança nacional.
Recentemente, o presidente americano permitiu a retomada das vendas. Em troca, a empresa deve submeter ao governo americano 15% das suas vendas na China. Este acordo não tem precedentes e suscita dúvidas sobre sua legalidade.
As restrições dos Estados Unidos às exportações obrigaram as empresas chinesas a buscar alternativas.
Para o professor Chan, medidas como estas "são eficazes a curto prazo para desacelerar o desenvolvimento da China."
"Mas, a médio e longo prazo, elas impulsionam os esforços daquele país para produzir sua própria tecnologia e cadeia de fornecimento independente."
Um exemplo é o ocorrido com a Huawei. Em 2019, a empresa chinesa foi incluída na "Lista de Entidades" que participam de "atividades contrárias à segurança nacional ou aos interesses da política externa dos Estados Unidos", devido a acusações de espionagem, roubo de propriedade intelectual e vigilância de dados.
Por isso, os telefones celulares da empresa não puderam mais usar o sistema operacional Android, da Google.
"Depois de sofrer o golpe, a Huawei passou vários anos desenvolvendo seu próprio sistema operacional e seus próprios chips SoC", explica Chan.
"Não acredito que eles tivessem feito isso em tão larga escala, se não tivessem recebido sanções tão fortes dos Estados Unidos, o que, essencialmente, os obrigou a fazê-lo."
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As vantagens da China
Os Estados Unidos chegaram a ser líderes da tecnologia devido à força do seu setor privado, aos grandes incentivos econômicos para inovação no país e à grande quantidade de energia que produz, entre outras condições.
Então, quais são as vantagens da China?
Os especialistas indicam, por um lado, sua decidida aposta por uma política industrial que investe recursos do Estado para desenvolver setores considerados estratégicos.
Em sua entrevista à BBC News Mundo, Chan defende que, enquanto os investimentos se movimentam rapidamente nos Estados Unidos conforme o mercado, o governo chinês se atém aos seus planos de longo prazo, investindo consistentemente neles, mesmo se não gerarem lucros imediatos.
Além disso, "a China possui um sistema que fomenta uma concorrência interna muito, muito feroz, na qual os governos regionais apoiam suas próprias empresas locais, criando uma espécie de torneio", afirma ele.
Esta intensa concorrência interna produz empresas que conseguem ser competitivas não só na China, mas também em nível global.
Outra palavra repetidamente mencionada pelos especialistas para explicar as vantagens da China na corrida tecnológica é "magnitude": a magnitude da sua população e dos dados existentes sobre os habitantes.
"A China pode colocar em prova tecnologias emergentes com toda a sua população", destaca o diretor para a China do The Asia Group, Han Shen Lin.
"A capacidade dos fabricantes chineses de medicamentos de recrutar pacientes com muito mais rapidez e aproveitar os bancos de dados nacionais centralizados de pacientes acelerou muito o ritmo dos testes clínicos e a descoberta de produtos farmacêuticos na China, especialmente no setor da oncologia", exemplifica Chan.
Tudo isso parece colocar a China em uma posição ao menos tão privilegiada quanto a dos Estados Unidos para definir o futuro da tecnologia.
Questionado sobre quais pistas deste futuro ele observa na sua vida em Xangai, na China, Lin responde que "o que mais me surpreende é como a tecnologia avançada se integra à perfeição na vida cotidiana, desde a logística baseada na inteligência artificial até o pagamento sem dinheiro em espécie em todo tipo de transações".
Mas ele alerta que o caminho seguido pela China também apresenta riscos.
"Sem a colaboração e a aceitação de muitos países em nível global, especialmente em relação aos padrões, a China corre o risco de ficar encerrada em uma câmara de eco", segundo ele.
"Por isso, a China ampliou seu alcance no Sul Global, com projetos como a Iniciativa Cinturão e Rota, e tratou de dominar os organismos que definem os padrões em organizações multilaterais, como a ONU."
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01/09/2025
Gmail: Google nega ataque hacker que teria afetado 2,5 bilhões de usuários
Gmail: Google nega ataque hacker que teria afetado 2,5 bilhões de usuários
Unsplash/Solen Feyissa
Circula na internet a informação de que o Google estaria alertando 2,5 bilhões de usuários do Gmail a trocar a senha após um ataque hacker que teria atingido o serviço. O Google, porém, negou ao g1 que isso tenha acontecido.
O boato ganhou força na semana passada, principalmente em sites norte-americanos, mas nasceu de um erro: ele confundia o Gmail com um incidente menor de segurança na Salesforce do Google, um serviço de nuvem que não tem ligação com as contas do Gmail usadas por usuários finais.
A informação falsa afirmava que golpistas teriam realizado uma série de "invasões bem-sucedidas" e que o Google estaria orientando os usuários a ficar em alerta para atividades suspeitas em suas contas.
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O Gmail tinha 1,8 bilhão de contas ativas em todo o mundo em 31 de março de 2024, segundo informações da agência Associated Press. Ou seja, a suposta invasão, que falava em 2,5 bilhões de usuários, equivaleria a praticamente todo o serviço.
"O Gmail e o Google Workspace são seguros e não houve um ataque em larga escala a esses produtos", confirmou a big tech em nota ao g1, neste sábado (30) (leia o comunicado na íntegra ao final da reportagem).
"Não sabemos de onde surgiu essa informação, mas confirmamos que não houve ataque em massa ao Gmail", disse Camila Zoé, chefe de comunicação do Google Cloud para a América Latina, ao g1, nesta segunda-feira (1).
Boato sobre o Gmail foi ligado a outro caso
O Google reconheceu que o boato pode ter surgido de um episódio distinto, envolvendo a Salesforce da empresa.
O caso ocorreu em junho, quando um sistema interno ligado ao Google Ads foi alvo de um ataque hacker. Segundo o Google, o ambiente afetado armazenava apenas "informações básicas de contato comercial", como nome, telefone e anotações relacionadas.
"Os sistemas do Google não foram acessados e não houve impacto nos dados contidos nos produtos do Google ou no Google Cloud", informou a empresa em nota ao g1 na sexta-feira (29).
Na mesma semana em que a notícia falsa sobre o Gmail começou a circular, o Google publicou uma atualização sobre o caso da Salesforce, orientando os clientes a trocar as senhas do serviço.
E o que devo fazer em casos de ataque?
Como criar uma senha forte, difícil de ser violada, e proteger suas contas
Crie senhas fortes
No caso de vazamento em um serviço que você usa, o recomendado é mudar a senha adotada naquela plataforma. A medida é importante para que sua conta não seja invadida por quem teve acesso ao conteúdo vazado.
Mas como saber quais contas estão em risco? Uma opção é o site "Have I Been Pwned", que reúne registros sobre vazamentos de dados e permite verificar se o seu e-mail está em algum vazamento, o que é um alerta para você atualizar suas senhas o quanto antes.
Outras orientações importantes incluem não compartilhar suas senhas com conhecidos e não deixar as credenciais salvas em aplicativos de bloco de notas. Siga as dicas abaixo para ter senhas mais difíceis de serem descobertas:
crie senhas longas, que são mais difíceis de serem descobertas por tentativa e erro ? uma dica é usar truques para criar senhas mais criativas, como pequenos trechos de frases ou músicas importantes para você;
use letras maiúsculas e minúsculas, além de números e caracteres especiais, como @ e $;
evite senhas óbvias, crie senhas que são frases porque são facilmente memorizáveis e difíceis de serem descobertas.
Use senhas diferentes para cada site
Uma senha forte não significa muito se for usada em todos os sites em que você tem conta. Isso porque, em caso de vazamento em um deles, a credencial pode ser testada em outros serviços.
É importante criar senhas diferentes para cada site. Para lembrar de todas elas, use gerenciadores de senhas (saiba mais). Eles têm criptografia, dificultando o acesso de terceiros a informações privadas. Veja algumas opções gratuitas:
Gerenciador de Senhas do Google (integrado ao navegador Chrome e à conta Google);
LastPass;
Microsoft (integrado ao Authenticator para Android, também pode ser usado no Windows, no Edge e com extensão para o Chrome);
KeePass (com Keepass2Android para sincronizar suas senhas no Android).
Opções pagas incluem Dashlane, 1Password e Dropbox Passwords.
Use autenticação em duas etapas
As redes sociais e outros aplicativos famosos oferecem a autenticação de dois fatores, que entra em ação sempre que há uma tentativa de acessar sua conta a partir de um novo aparelho.
Com a proteção dupla, o login só é autorizado depois que você fornece a senha e um segundo fator, que costuma ser gerado na hora por meio de um aplicativo de autenticação ou de uma notificação em um dispositivo confiável.
Clique aqui para saber como ativar a proteção na conta do WhatsApp, do Instagram, do Facebook, do Google, do TikTok, do X e do Telegram. E clique aqui para ver como ativar na conta gov.br.
Ative chaves de acesso (passkeys)
Empresas de tecnologia como Google, Apple, Microsoft têm defendido o uso de chaves de acesso (passkeys), que prometem ser mais seguras do que o método padrão de login e senha.
Com as chaves de acesso, o acesso a sites e aplicativos é feito usando apenas a impressão digital, o reconhecimento facial ou o código PIN do seu celular (veja como elas funcionam).
A ideia é que você não precise mais se preocupar em lembrar tantas senhas e tenha um meio confiável (sua biometria, por exemplo) para acessar esses serviços. A opção é oferecida por empresas como Google, WhatsApp, TikTok, X, iCloud e Microsoft.
Desconfie de abordagens suspeitas
Não é preciso haver vazamento para roubar credenciais de vítimas. Criminosos podem tentar enganar a pessoa para que ela mesma informe suas informações privadas, o que pode ser feito por meio de sites e e-mails fraudulentos, por exemplo.
A prática conhecida como phishing visa utilizar mensagens que parecem autênticas para roubar informações.
Por isso, é importante verificar se o link do site é realmente o endereço que você deseja visitar ? criminosos podem criar uma réplica em que a URL tem apenas algumas letras diferentes da original.
Outra recomendação é analisar com atenção o que está escrito no site ou no e-mail e se perguntar por que você recebeu o conteúdo, que tipo de informação estão pedindo e se algo parece estranho.
O que diz o Google sobre o caso Gmail
"Estamos vendo muita confusão e imprecisão na cobertura sobre este assunto. O Gmail e o Google Workspace são seguros e não houve um ataque em larga escala a esses produtos.
Parece que parte da confusão se criou a partir desta atualização. Como o blog menciona, este é um problema de escopo restrito, sem comprometimento do Google Workspace ou da própria Alphabet (o que inclui o Gmail).
De qualquer forma, incentivamos os usuários a usarem uma alternativa de senha segura, como as Passkeys, e a seguir estas melhores práticas para identificar e denunciar ataques de phishing".
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