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MANUTENÇÃO E MONTAGEM

NOTICIA

19/11/2024

SpaceX lança nave Starship, mas não traz foguete de volta para plataforma

Empresa planejava fazer propulsor retornar para a plataforma, como fez em outubro, mas ele pousou no mar do Golfo do México. SpaceX lança nave Starship, mas não traz foguete de volta para plataforma Empresa planejava fazer propulsor retornar para a plataforma, como fez em outubro, mas ele pousou no mar do Golfo do México. A Starship realizou o sexto lançamento de teste da Starship nesta terça-feira (19).. A missão busca aprimorar o desenvolvimento da Starship, a maior e mais poderosa nave já construída.. A SpaceX visa desenvolver um sistema totalmente reutilizável que possa revolucionar as viagens espaciais e facilitar a colonização de Marte.

19/11/2024

SpaceX faz 6° lançamento da Starship, mas não traz foguete de volta para plataforma

Objetivo da empresa aeroespacial de Elon Musk era repetir a manobra de outubro, quando o propulsor Super Heavy voltou para o local de lançamento; Donald Trump acompanhou missão com bilionário da base da SpaceX. SpaceX lança nave, mas não traz foguete de volta para plataforma A SpaceX, do bilionário Elon Musk, realizou o sexto teste da Starship, maior nave espacial do mundo, nesta terça-feira (19), às 19h (horário de Brasília). Assim como as anteriores, esta missão não foi tripulada, mas contou com uma carga inusitada: uma banana. A empresa não conseguiu fazer com que o foguete Super Heavy (propulsor da Starship) retornasse para a plataforma de lançamento, como aconteceu pela primeira vez em outubro. Esse tipo de manobra pode baratear os voos espaciais. O foguete acabou pousando no Golfo do México poucos minutos após o lançamento, o que estava previsto caso não houvessem condições ou o comando específico do diretor da missão para repetir a manobra. A nave pousou no Oceano Índico cerca de uma 1h depois de decolar. SpaceX faz 6° lançamento da Starship, a maior nave do mundo Reprodução Trump presencia lançamento O presidente eleito Donald Trump acompanhou a missão com Musk no local do lançamento, a base da SpaceX em Boca Chica, no Texas, nos Estados Unidos. Trump anunciou recentemente que o bilionário vai liderar o novo Departamento de Eficiência Governamental durante o seu mandato. Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, acompanhou lançamento da Starship junto com o bilionário Elon Musk, na base aérea da SpaceX Brandon Bell/Pool via AP Banana a bordo? A Starship carregou uma banana, o primeiro item transportado pela nave (veja na imagem abaixo). Segundo SpaceX, a fruta é usada como um experimento para futuras missões com cargas maiores, incluindo lançamentos de satélites da Starlink, empresa de internet do bilionário Elon Musk. Starship, nave da SpaceX, transporta banana em missão de 19 de novembro Reprodução/SpaceX A empresa aproveitou para tentar faturar com o símbolo em sua loja on-line, oferecendo camisetas com a fruta e uma banana de pelúcia. Rumo a Marte: quais os planos da SpaceX depois do teste de sucesso com a maior nave do mundo Como foram os outros testes? No primeiro lançamento, em abril de 2023, a Starship explodiu quando ainda estava acoplada ao Super Heavy. Uma falha nos motores fez a empresa ativar um sistema de destruição para explodir o foguete. Veja como foi o 1º lançamento da Starship No segundo, em novembro de 2023, o Super Heavy explodiu, mas logo depois de se separar da nave. A FAA investigou o acidente e afirmou que a SpaceX identificou a necessidade de realizar 17 correções na nave. Veja como foi o 2º lançamento da Starship O terceiro voo aconteceu em março de 2024 e durou 50 minutos. A Starship foi destruída, mas a empresa considerou esse teste um avanço porque nunca tinha ido tão longe neste tipo de teste. Veja como foi o 3º lançamento da Starship O quarto voo aconteceu em junho de 2024 e foi o primeiro bem-sucedido. A Starship conseguiu pousar no Oceano Índico, e o Super Heavy, no Golfo do México, como planejado. Starship completou seu 1º voo bem-sucedido na 5ª tentativa Na quinta missão, em outubro de 2024, a empresa conseguiu o retorno inédito do Super Heavy com a captura no ar pelos "braços da plataforma" e o pouso da Starship no Oceano Índico. A cápsula explodiu, como já era esperado, segundo a companhia. Em teste da SpaceX, propulsor da Starship pousa com sucesso na torre de lançamento Como é a nave Starship? Tem 120 metros de altura (somando nave Starship e propulsor Super Heavy) e 9 metros de diâmetro Poderá transportar até 100 pessoas É projetada para ser reutilizável, assim como outras naves da SpaceX Tem capacidade para transportar até 250 toneladas, se puder ser descartada após uma missão, e 150 toneladas, quando precisar ser reutilizada Está sendo testada desde 2019 Será usada para transporte de carga no programa Artemis, série de missões da Nasa para levar astronautas de volta à superfície da Lua No futuro, poderá ser usada para transportar pessoas e cargas até Marte, segundo a SpaceX Conheça o maior foguete da história, criado pela empresa de Elon Musk Starship Arte/ g1 Conheça a Starship ?A Veja mais: Quer viajar ao espaço? Veja valores para participar de missões Vitória de Trump deve impulsionar sonho de Musk com Marte

19/11/2024

Roblox reforça regras de mensagens para menores de 13 anos após denúncias de abuso infantil

Plataforma disse que está eliminando envio de mensagens fora dos jogos e implementará novas ferramentas de controle parental. Roblox é uma plataforma de desenvolvimento de jogos cada vez mais popular entre crianças e adolescentes Roblox O Roblox disse nesta segunda (18) que está implementando novas medidas de segurança para usuários menores de 13 anos. Uma das medidas é encerrar de vez com a opção de enviar mensagens para outras pessoas fora dos jogos da plataforma. As medidas foram adotadas após reclamações de abuso infantil na plataforma, segundo a agência Reuters. De acordo com a empresa os menores ainda poderão enviar mensagens a outras pessoas dentro do jogo com o consentimento dos pais. A empresa disse que disponibilizou uma configuração integrada que permitirá que menos de 13 anos acessem mensagens de transmissão pública somente em jogos ou experiências. A plataforma, que registrou cerca de 89 milhões de usuários no último trimestre, ainda afirmou que permitirá que pais e responsáveis gerenciem remotamente a conta Roblox de seus filhos, visualizem listas de amigos, definam controles de gastos e gerenciem o tempo de tela. Em agosto, a Turquia bloqueou o acesso ao Roblox seguindo uma ordem judicial, pois os promotores investigaram preocupações sobre conteúdo gerado por usuários que poderia levar a abusos. Uma ação judicial de 2022, movida em São Francisco, nos EUA, alegou que o Roblox facilitou a exploração sexual e financeira de uma menina da Califórnia por homens adultos, supostamente incentivando-a a beber, abusar de medicamentos prescritos e compartilhar fotos sexualmente explícitas. O Roblox substituirá os rótulos de conteúdo com base na idade por descrições que variam de "Mínimo" a "Restrito", indicando o tipo de conteúdo que os usuários podem esperar. Por padrão, os menores de nove anos só podem acessar jogos rotulados como "Minimal" ou "Mild". Essas novas restrições também impedirão que essas crianças pesquisem, descubram ou joguem experiências não rotuladas, informou a empresa. O conteúdo restrito permanecerá inacessível até que o usuário tenha pelo menos 17 anos de idade e tenha verificado sua idade. LEIA TAMBÉM: Bluesky ganha 5 milhões de usuários após eleição de Trump e mudanças de regras no X A rotina traumatizante dos moderadores de redes sociais: 'Sacrifico minha saúde mental pelos outros' Celular perdido? Veja como localizar iPhone e Android pelo computador Quem são e quanto faturam os maiores influenciadores do mundo, segundo a Forbes DTV+: o que é TV 3.0, que oferece melhor qualidade de imagem e recursos interativos Brasil manda 4x mais áudios no WhatsApp do que outros países, diz Zuckerberg

19/11/2024

SpaceX tenta novo lançamento de foguete da Starship nesta terça; veja como será a missão

Nave mais poderosa do mundo, Starship foi projetada para futuras missões para a Lua e Marte. Objetivo da SpaceX é repetir a manobra histórica de outubro, quando o propulsor Super Heavy voltou para a plataforma de lançamento. Foguete da SpaceX pousa na base após impulsionar a nave Starship para seu segundo voo completo, em 13 de outubro SpaceX A SpaceX, do bilionário Elon Musk, vai tentar realizar um novo lançamento da Starship, maior nave espacial do mundo, projetada para futuras viagens para a Lua e Marte. A missão está marcada para esta terça-feira (19), às 19h (horário de Brasília). A empresa deseja completar de novo o retorno do foguete Super Heavy (a parte debaixo da Starship) para a plataforma de lançamento, que consegue "abraçar" o propulsor. A empresa realizou a manobra pela primeira vez em outubro. ? g1 transmite o lançamento da Starship ao vivo O objetivo da SpaceX é que, no futuro, a Starship também possa ser recuperada. Esse tipo de missão deve ajudar a baratear voos espaciais, com redução nos custos de transporte e manutenção ? saiba como isso pode acontecer. O lançamento vai acontecer na base da SpaceX em Boca Chica, no Texas, Estados Unidos. Ele estava previsto para segunda, mas foi adiado para esta terça-feira. A empresa não informou o motivo para a mudança da data. Starship posicionada na plataforma de lançamento da SpaceX, em foto divulgada em 17 de novembro Divulgação/SpaceX Assim como aconteceu no voo anterior, o retorno do Super Heavy só acontecerá se o propulsor e a plataforma estiverem em condições e se houve um comando do diretor de voo da missão. Se esses requisitos não forem atendidos, o propulsor fará um pouso no Golfo do México. "Não aceitamos concessões quando se trata de garantir a segurança do público e de nossa equipe, e o retorno só ocorrerá se as condições forem adequadas", disse a SpaceX. Já a cápsula Starship deve seguir a mesma trajetória do voo anterior, com pouso no Oceano Índico. A empresa pretende fazer a cápsula voar com apenas um motor ligado, em vez de três, e testar outra proteção térmica e uma nova manobra para pouso da cápsula no mar. Os testes anteriores aconteceram pela manhã nos Estados Unidos, o que fez a Starship pousar à noite no Oceano Índico. A empresa espera que o lançamento à noite nos EUA (e de dia no Índico) ajude a melhorar a visão do pouso da nave. Quer viajar ao espaço? Veja valores para participar de missões Vitória de Trump deve impulsionar sonho de Musk com Marte Como foram os outros testes? No primeiro lançamento, em abril de 2023, a Starship explodiu quando ainda estava acoplada ao Super Heavy. Uma falha nos motores fez a empresa ativar um sistema de destruição para explodir o foguete. Veja como foi o 1º lançamento da Starship No segundo, em novembro de 2023, o Super Heavy explodiu, mas logo depois de se separar da nave. A FAA investigou o acidente e afirmou que a SpaceX identificou a necessidade de realizar 17 correções na nave. Veja como foi o 2º lançamento da Starship O terceiro voo aconteceu em março de 2024 e durou 50 minutos. A Starship foi destruída, mas a empresa considerou esse teste um avanço porque nunca tinha ido tão longe neste tipo de teste. Veja como foi o 3º lançamento da Starship O quarto voo aconteceu em junho de 2024 e foi o primeiro bem-sucedido. A Starship conseguiu pousar no Oceano Índico, e o Super Heavy, no Golfo do México, como planejado. Starship completou seu 1º voo bem-sucedido na 5ª tentativa Na quinta missão, em outubro de 2024, a empresa conseguiu o retorno inédito do Super Heavy com a captura no ar pelos "braços da plataforma" e o pouso da Starship no Oceano Índico. A cápsula explodiu, como já era esperado, segundo a companhia. Em teste da SpaceX, propulsor da Starship pousa com sucesso na torre de lançamento Como é a nave Starship? Tem 120 metros de altura (somando nave Starship e propulsor Super Heavy) e 9 metros de diâmetro Poderá transportar até 100 pessoas É projetada para ser reutilizável, assim como outras naves da SpaceX Tem capacidade para transportar até 250 toneladas, se puder ser descartada após uma missão, e 150 toneladas, quando precisar ser reutilizada Está sendo testada desde 2019 Será usada para transporte de carga no programa Artemis, série de missões da Nasa para levar astronautas de volta à superfície da Lua No futuro, poderá ser usada para transportar pessoas e cargas até Marte, segundo a SpaceX Conheça o maior foguete da história, criado pela empresa de Elon Musk Starship Arte/ g1 Conheça a Starship ?A

18/11/2024

Bluesky ganha 5 milhões de usuários após eleição de Trump e mudanças de regras no X

Rede social também ganhou usuários no Brasil durante a suspensão do X no país, no início de setembro. Plataformas tem abordagens diferentes em relação ao treinamento de inteligência artificial e à criação de planos pagos para usuários. Bluesky Mario Tama/AFP O Bluesky ganhou mais de 5 milhões de usuários desde 6 de novembro, segundo dados revelados pela rede social. A plataforma agora tem 19,5 milhões de perfis, mas segue bem atrás do X, que tem 600 milhões de usuários mensais, e do Threads, com 275 milhões. O crescimento do Bluesky acontece depois da eleição de Donald Trump para um novo mandato como presidente dos Estados Unidos. Elon Musk, dono do X, foi um grande apoiador do republicano e fará parte do futuro governo. Nesse período, o X também anunciou que usuários passariam a ver postagens mesmo de quem as bloqueou. A mudança afeta a privacidade de usuários, à medida que seus tuítes ficam acessíveis para pessoas indesejadas. Antes disso, parte do crescimento já era explicada pela migração de usuários do X. Em setembro, em meio à suspensão da rede de Musk no Brasil, o Bluesky ganhou 2,6 milhões de usuários em uma semana, sendo 85% deles do Brasil. Diferenças entre Bluesky e X O Bluesky é uma rede aberta e tem um protocolo que permite exibir em sua interface as postagens de outras plataformas que usam o mesmo padrão. O X, por sua vez, é uma rede fechada e só mostra o que é postado por seus usuários. As duas plataformas também diferem nos planos em relação ao treinamento de inteligência artificial e à criação de versões pagas para usuários. Na última sexta-feira (15), o Bluesky afirmou que não usa nem tem planos de usar dados de usuários para treinar modelos de inteligência artificial generativa, que resultam em ferramentas como ChatGPT e Meta AI. Já o X mudou sua política para afirmar que essa prática seria adotada com o conteúdo dos usuários. O Bluesky afirmou no final de outubro que trabalha em um modelo de assinaturas que liberaria mais recursos. Mas afirmou que assinantes não terão tratamento especial, como mais exposição para suas postagens e o selo azul de verificação. Sob o comando de Musk, o X mudou suas regras sobre verificação e permitiu que assinantes ganhassem o selo azul, o que chegou a causar confusão entre usuários da rede social. Trump cumpre promessa e anuncia novo departamento no governo para Elon Musk Os interesses de Musk no governo Trump

18/11/2024

A rotina traumatizante dos moderadores de redes sociais: 'Sacrifico minha saúde mental pelos outros'

Existem em andamento diversas ações judiciais alegando que o trabalho destruiu a saúde mental dessas pessoas. Moderadores analisam e removem fotos e vídeos ilegais ou perturbadores nas redes sociais. Getty Images via BBC Importante: esta reportagem contém detalhes que podem ser perturbadores para alguns leitores. A BBC conheceu de perto, nos últimos meses, um mundo oculto e sombrio. Nele, é possível encontrar o que há de pior, mais tenebroso e mais perturbador no conteúdo online. Grande parte deste conteúdo é ilegal. Decapitações, assassinatos em massa, abuso infantil, discurso de ódio ? tudo isso acaba nas caixas de entrada de um exército global de moderadores de conteúdo. Você certamente não ouve falar deles com frequência. O trabalho dessas pessoas é analisar e, quando necessário, excluir conteúdo denunciado por outros usuários ou assinalado automaticamente pelas ferramentas da tecnologia. A segurança na internet vem se tornando uma questão cada vez mais relevante. As empresas de tecnologia enfrentam pressões para remover rapidamente o material nocivo que é postado online. No entanto, apesar da grande quantidade de pesquisas e investimentos em soluções tecnológicas para ajudar neste processo, até o momento, a palavra final ainda fica, em grande parte, a cargo de moderadores humanos. Os moderadores costumam ser funcionários de empresas terceirizadas, mas seu trabalho é analisar conteúdo postado diretamente nas grandes redes sociais, como o Instagram, o TikTok e o Facebook. Os moderadores ficam espalhados pelo mundo. Conversei com vários deles para a série da BBC Rádio 4 The Moderators, disponível em inglês no site BBC Sounds. Eles moram principalmente no leste africano e todos já deixaram seus cargos desde então. Suas histórias são angustiantes. Algumas das nossas gravações eram chocantes demais para irem ao ar. Às vezes, meu produtor Tom Woolfenden e eu terminávamos uma gravação e simplesmente ficávamos parados, em silêncio. "Se você pegar seu celular e for ao TikTok, irá ver uma série de atividades, danças, sabe... coisas alegres", conta o ex-moderador Mojez, de Nairóbi, no Quênia. Ele trabalhava com conteúdo do TikTok. "Mas, por trás disso, eu moderava pessoalmente centenas de vídeos horríveis e traumatizantes." "Eu assumi aquilo para mim. Deixei que minha saúde mental absorvesse o golpe para que os usuários comuns pudessem prosseguir com suas atividades na plataforma", ele conta. Existem em andamento diversas ações judiciais alegando que o trabalho destruiu a saúde mental desses moderadores. Alguns dos antigos profissionais do leste africano se reuniram e formaram um sindicato. "De fato, a única coisa que me impede de assistir a uma decapitação quando entro em uma plataforma de rede social é que há alguém sentado em um escritório, em algum lugar, assistindo àquele conteúdo para mim e analisando para que eu não precise ver", conta Martha Dark, responsável pela organização ativista Foxglove, que apoia as ações judiciais. Mojez trabalhava removendo conteúdo perturbador no TikTok. Ele afirma que o trabalho prejudicou sua saúde mental. Via BBC Em 2020, a Meta ? na época, conhecida como Facebook ? concordou em pagar um acordo de US$ 52 milhões (cerca de R$ 300 milhões) para moderadores que desenvolveram problemas de saúde mental devido a esse trabalho. O processo judicial foi aberto por uma antiga moderadora dos Estados Unidos chamada Selena Scola. Ela descreveu os moderadores como "guardiões de almas", devido à quantidade de vídeos a que eles assistem, mostrando os momentos finais da vida das pessoas. Todos os ex-moderadores com quem conversei usaram a palavra "trauma" para descrever o impacto do trabalho sobre eles. Alguns tinham dificuldade para dormir e se alimentar. Um deles contou sobre um colega que entrava em pânico ao ouvir um bebê chorar. Outro disse que tinha dificuldades para interagir com sua esposa e os filhos, devido aos abusos infantis que ele havia presenciado online. Eu esperava que eles dissessem que este é um trabalho tão extenuante, mental e emocionalmente, que nenhum ser humano deveria estar a cargo dele. Pensei que eles fossem apoiar totalmente a automação completa do setor, com a evolução de ferramentas de inteligência artificial para desempenhar esta tarefa em larga escala. Mas não. O que surgiu, com muita força, foi o imenso orgulho dos moderadores pelo papel que eles desempenharam para proteger o mundo dos danos online. Eles se consideram um serviço de emergência fundamental. Um deles declarou que queria um uniforme e um distintivo, comparando-se com um bombeiro ou paramédico. "Nem um só segundo foi mal empregado", disse alguém que chamamos de David. Ele pediu para permanecer anônimo. David trabalhou com material usado para treinar o chatbot viral de IA ChatGPT, fazendo com que ele fosse programado para não regurgitar esse horrível material. "Tenho orgulho dos indivíduos que treinaram este modelo para ser o que ele é hoje em dia", declarou. Mas a própria ferramenta que David ajudou a treinar poderá, um dia, concorrer com ele. A ativista Martha Dark trabalha em defesa dos moderadores das redes sociais. Martha Dark Dave Willner é o ex-chefe de confiança e segurança da OpenAI, a empresa criadora do ChatGPT. Ele afirma que sua equipe construiu uma ferramenta de moderação rudimentar, baseada na tecnologia do chatbot. Esta ferramenta, segundo ele, conseguiu identificar conteúdo prejudicial com índice de precisão de cerca de 90%. "Quando eu meio que finalmente percebi, 'oh, isso vai funcionar', honestamente me engasguei um pouco", ele conta. "[As ferramentas de IA] não ficam entediadas. Elas não ficam cansadas, não ficam chocadas... elas são infatigáveis." Mas nem todos estão certos de que a IA seja uma bala de prata para os problemas do setor de moderação online. "Acho que é problemático", afirma o professor de comunicação e democracia Paul Reilly, da Universidade de Glasgow, no Reino Unido. "Claramente, a IA pode ser uma forma binária e bastante obtusa de moderar conteúdo." "Ela pode acabar bloqueando excessivamente a liberdade de expressão e, é claro, pode deixar passar nuances que moderadores humanos seriam capazes de identificar", explica ele. "A moderação humana é essencial para as plataformas. O problema é que não há moderadores suficientes e o trabalho é incrivelmente prejudicial para os profissionais." Nós também entramos em contato com as empresas de tecnologia mencionadas na série. Um porta-voz do TikTok declarou que a empresa sabe que a moderação de conteúdo não é uma tarefa fácil e procura promover um ambiente de trabalho solidário para seus funcionários. Suas medidas incluem a oferta de apoio clínico e a criação de programas de apoio ao bem-estar dos moderadores. O TikTok destaca que os vídeos são inicialmente analisados por tecnologia automatizada que, segundo a empresa, remove um grande volume de conteúdo prejudicial. Já a OpenAI ? a empresa responsável pelo ChatGPT ? declarou reconhecer o trabalho importante e, às vezes, desafiador dos profissionais humanos que treinam a IA para identificar essas fotos e vídeos. Um porta-voz da empresa acrescentou que, junto com seus parceiros, a OpenAI executa políticas de proteção ao bem-estar das suas equipes. Por fim, a Meta ? proprietária do Instagram e do Facebook ? afirma exigir que todas as suas empresas parceiras forneçam apoio presencial, 24 horas por dia, com profissionais treinados. Ela destaca que os moderadores podem personalizar suas ferramentas de análise, para desfocar as imagens sensíveis. VEJA TAMBÉM: Celular perdido? Veja como localizar iPhone e Android pelo computador Plano da Austrália de banir crianças das redes sociais se mostra popular e problemático 'Pane geral' em TV boxes piratas: como é a solução que promete combater caixinhas irregulares

18/11/2024

Celular perdido? Veja como localizar iPhone e Android pelo computador

Serviços da Apple e do Google também podem ser usados para rastrear relógios inteligentes, tablets e fones de ouvido. Celular perdido? Veja como localizar iPhone e Android pelo computador ou por app Perdeu o celular ou o fone de ouvido e não sabe como localizar? Tanto a Apple como o Android têm um recurso de localização que permite encontrar o seu aparelho. Essas funcionalidades são nativas, ou seja, já vêm instaladas nos smartphones. Veja abaixo como usar cada uma: iPhone O serviço de localização da Apple pode ser usado no serviço "Buscar", também conhecido como "Find My". Ele pode ser acessado pelo navegador em iCloud.com/find ou em outros iPhones, iPads e Macs. No serviço, é possível localizar todos os dispositivos da marca salvos na sua conta, incluindo endereço exato onde eles estão, itinerário, nível de bateria e até emitir um alerta sonoro para encontrá-los. Veja o passo a passo para usar o "Buscar". No navegador Acesse iCloud.com/find, toque em "Iniciar sessão" e insira seu e-mail e senha (Apple ID); No topo da tela, clique em "Todos os dispositivos"; Escolha o dispositivo e visualize a localização do item. No iPhone Abra o aplicativo "Buscar"; Vá em "Dispositivos"; E escolha o aparelho que deseja localizar. Se o aparelho estiver desligado, o Find My exibirá a localização dele nas últimas 24 horas. A Apple dá a opção de ativar a notificação assim que ele for encontrado (ou reativado quando voltar a ter a bateria carregada). Android É possível localizar um celular Android pelo navegador no site google.com/android/find. Assim como na Apple, você também pode instalar o aplicativo "Encontre Meu Dispositivo" para Android. Além dos smartphones que rodam Android, o serviço do Google pode localizar relógios inteligentes, fones de ouvidos e tablets, desde que eles sejam compatíveis. Veja como usar: No navegador Acesse google.com/android/find; Faça login com a sua conta do Google; Selecione o aparelho a ser localizado; Visualize no mapa o local onde ele está. No Android Abra o aplicativo "Encontre Meu Dispositivo"; Escolha o dispositivo que deseja localizar; Você pode visualizar a localização, a quantidade de bateria e emitir som para encontrá-lo. "Encontre o meu dispositivo" Reprodução/Google Como notificar quem encontrou celular? Se você teve o dispositivo roubado, furtado ou perdido, os serviços da Apple e do Google também podem ser usados para se comunicar a pessoa que encontrou seu celular. Para o iPhone, ative o "modo perdido" no site do iCloud ou no "Buscar". A funcionalidade permite deixar uma mensagem para que a pessoa que localizar o aparelho possa entrar em contato com você. No Android, dentro do "Encontre o meu Dispositivo", escolha a opção "Proteger dispositivo". Na próxima tela, adicione uma mensagem para a pessoa que encontrar o aparelho entrar em contato com você. Depois isso, o seu Android ficará bloqueado. Cuidado com falsos contatos Há casos em que, quando o aparelho é colocado no modo perdido, os criminosos podem entrar em contato com a vítima ou familiares solicitando login e senha de sua conta no Google ou na Apple. Geralmente, essas abordagens acontecem por SMS, com links maliciosos que pedem dados sensíveis para desbloquear o aparelho, como aconteceu com o influenciador Pedrão (veja a imagem abaixo). Jamais clique nesses links e sempre opte por usar as ferramentas nativas de localização fornecidas pelas empresas do telefone. Influenciador teve celular furtado no Rock in Rio e recebeu link falso para localizá-lo Reprodução/Twitter LEIA TAMBÉM: Plano da Austrália de banir crianças das redes sociais se mostra popular e problemático 'Pane geral' em TV boxes piratas: como é a solução que promete combater caixinhas irregulares Google começa a liberar aplicativo do robô Gemini para iPhone Como são os 'clones' de influenciadores que poderão interagir com fãs  Números desconhecidos no WhatsApp adicionam usuários a grupos sem autorização DTV+: o que é TV 3.0, que oferece melhor qualidade de imagem e recursos interativos

18/11/2024

Missão da SpaceX com a nave Starship é adiada para terça-feira (19); saiba o que esperar

Empresa do bilionário Elon Musk deseja fazer foguete voltar mais uma vez para a plataforma de lançamento. Missão estava marcada para esta segunda-feira (18). Missão da SpaceX com a nave Starship é adiada para terça-feira (19); saiba o que esperar Kaylee Greenlee Beal/Reuters A SpaceX, do bilionário Elon Musk, adiou o sexto lançamento da Starship, a maior nave do mundo, para esta terça-feira (19), às 19h (horário de Brasília). Inicialmente, a decolagem estava programada para esta segunda (18), também às 19h. O lançamento acontecerá na base da empresa em Boca Chica, no Texas, EUA. O motivo do adiamento não foi revelado pela empresa. ? g1 transmite o lançamento da Starship ao vivo Mais uma vez, a empresa deseja fazer o foguete Super Heavy (a parte debaixo do veículo espacial) retornar para a plataforma de lançamento. A manobra aconteceu pela primeira vez em outubro. Assim como aconteceu no voo anterior, o retorno do Super Heavy só acontecerá se o propulsor e a plataforma estiverem em condições e se houve um comando do diretor de voo da missão. Se esses requisitos não forem atendidos, o propulsor fará um pouso no Golfo do México. "Não aceitamos concessões quando se trata de garantir a segurança do público e de nossa equipe, e o retorno só ocorrerá se as condições forem adequadas", disse a SpaceX. Foguete da SpaceX pousa na base após impulsionar a nave Starship para seu segundo voo completo, em 13 de outubro SpaceX Já a cápsula Starship deve seguir a mesma trajetória do voo anterior, com pouso no Oceano Índico. A empresa pretende fazer a cápsula voar com apenas um motor ligado, em vez de três, e testar outra proteção térmica e uma nova manobra para pouso da cápsula no mar. Os testes anteriores aconteceram pela manhã nos Estados Unidos, o que fez a Starship pousar à noite no Oceano Índico. A empresa espera que o lançamento à noite nos EUA (e de dia no Índico) ajude a melhorar a visão do pouso da nave. Quer viajar ao espaço? Veja valores para participar de missões Como foram os outros testes? No primeiro lançamento, em abril de 2023, a Starship explodiu quando ainda estava acoplada ao Super Heavy. Uma falha nos motores fez a empresa ativar um sistema de destruição para explodir o foguete. Veja como foi o 1º lançamento da Starship No segundo, em novembro de 2023, o Super Heavy explodiu, mas logo depois de se separar da nave. A FAA investigou o acidente e afirmou que a SpaceX identificou a necessidade de realizar 17 correções na nave. Veja como foi o 2º lançamento da Starship O terceiro voo aconteceu em março de 2024 e durou 50 minutos. A Starship foi destruída, mas a empresa considerou esse teste um avanço porque nunca tinha ido tão longe neste tipo de teste. Veja como foi o 3º lançamento da Starship O quarto voo aconteceu em junho de 2024 e foi o primeiro bem-sucedido. A Starship conseguiu pousar no Oceano Índico, e o Super Heavy, no Golfo do México, como planejado. Starship completou seu 1º voo bem-sucedido na 5ª tentativa Na quinta missão, em outubro de 2024, a empresa conseguiu o retorno inédito do Super Heavy com a captura no ar pelos "braços da plataforma" e o pouso da Starship no Oceano Índico. A cápsula explodiu, como já era esperado, segundo a companhia. Em teste da SpaceX, propulsor da Starship pousa com sucesso na torre de lançamento LEIA TAMBÉM: Quais os planos da SpaceX depois do teste de sucesso com a maior nave do mundo Como retorno de foguete da SpaceX para base pode tornar voos espaciais mais baratos Vitória de Trump deve impulsionar sonho de Musk com Marte Como é a nave Starship? Tem 120 metros de altura (somando nave Starship e propulsor Super Heavy) e 9 metros de diâmetro Poderá transportar até 100 pessoas É projetada para ser reutilizável, assim como outras naves da SpaceX Tem capacidade para transportar até 250 toneladas, se puder ser descartada após uma missão, e 150 toneladas, quando precisar ser reutilizada Está sendo testada desde 2019 Será usada para transporte de carga no programa Artemis, série de missões da Nasa para levar astronautas de volta à superfície da Lua No futuro, poderá ser usada para transportar pessoas e cargas até Marte, segundo a SpaceX Conheça o maior foguete da história, criado pela empresa de Elon Musk Starship Arte/ g1 Conheça a Starship ?A

18/11/2024

Quadrilha criava sites falsos e enganava vítimas em todo o Brasil com vendas de produtos inexistentes

Grupo criminoso foi responsável por golpes que envolveram mais de 2 mil vítimas em todo o país, criando lojas virtuais falsas. Polícia de São Paulo prende quadrilha especializada em golpes nas redes sociais O Fantástico deste domingo (17) revelou que a polícia de São Paulo prendeu uma organização criminosa especializada em golpes nas redes sociais, responsável por enganar mais de 2 mil vítimas em todo o Brasil. Os criminosos criavam propagandas falsas de produtos e as veiculavam no Facebook e no Instagram. O Fantástico conversou com Humberto de Alfredo Marcondes, que acreditou estar comprando um eletrodoméstico, mas acabou caindo em um golpe. Ele acreditava estar comprando no site de uma das maiores redes varejistas do país, mas, na realidade, estava acessando uma das páginas falsas criadas pelo grupo criminoso. "Me interessei por um preço de uma mercadoria, uma Airfryer. Adquiri, passando dados meus do meu cartão de crédito. Logo em seguida, esse fornecedor informou-me que pelo cartão de crédito não poderia ser possível, que eu fizesse um PIX", contou. Humberto disse que, no momento, não estranhou. "Durante os dois próximos dias, o criminoso fez contato comigo. Depois, passados esses dois, três dias, não tive mais o contato dele. Aí, estranhei tudo". Sites são idênticos aos oficiais "Tratavam-se, na verdade, de sites clonados, fakes criados de maneira muito idêntica, a mesma página oficial era copiada nessa fraude", contou o delegado que investiga o caso. As mesmas fotografias de promoção, os mesmos produtos, exatamente a mesma camisa, a mesma calça, o mesmo fogão, a mesma geladeira, a mesma cor da página, tudo igual", completou. Os investigadores prenderam 20 pessoas em diferentes estados; sete ainda seguem foragidos. A Polícia Civil de Presidente Prudente, no interior de São Paulo, iniciou a investigação após uma denúncia. "Fomos procurados por um empresário da cidade. Ele dizia que vários consumidores entravam em contato com o seu site, o seu SAC, reclamando de produtos comprados e que jamais chegaram ao seu destino", disse o delegado. A polícia obteve capturas de tela do chefe do grupo criminoso, que mostram a montagem do clone de um desses sites. Segundo a polícia, o chefe dessa organização é Lucas de Giovani Garcia, de 22 anos. No dia 6 de novembro, Lucas foi preso em Santo André, na região metropolitana de São Paulo. O jovem monitorava a quantidade de acessos aos sites clonados que ele criava ? mais de mil pessoas entraram na loja falsa. O segundo escalão do grupo, de acordo com a polícia, era composto por recrutadores responsáveis por convencer pessoas a "emprestar" suas contas bancárias para que o grupo movimentasse os pagamentos via PIX. A polícia se refere a essas pessoas como correntistas. Se a vítima reclamasse, recebia respostas ofensivas: "Você é feia. Seu prejuízo foi quando você nasceu", respondeu Lucas. Assim que foi preso, ele confessou que era o responsável por orquestrar a fraude, conhecida como "falso site da internet". "Estamos falando aí de somas que superam dezenas de milhões de reais", disse o delegado. Com parte do dinheiro roubado, Lucas viajava para assistir aos jogos do Corinthians. A defesa disse que ainda irá analisar o conteúdo das provas. 'Plataformas também são responsáveis' Para o diretor do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), as redes sociais que veicularam esses anúncios são diretamente responsáveis. "Especialmente porque elas têm ganhos com esses anúncios. Quando está na rede social a pessoa fica mais vulnerável, porque aqueles anúncios aparecem como patrocínio. Para o consumidor comum, aquele anúncio passou por um crivo de legitimidade", disse. Durante a investigação, a polícia alertou a Meta, dona do Facebook e do Instagram, sobre um dos anúncios falsos. Dois dias depois, a empresa tirou a propaganda do ar. Durante a investigação, a polícia alertou a Meta, dona do Facebook e Instagram, sobre um dos anúncios falsos. Dois dias depois, a empresa removeu a propaganda da plataforma. Em nota, a Meta afirmou que atividades com o objetivo de enganar, fraudar ou explorar terceiros não são permitidas em suas plataformas e que a empresa está constantemente aprimorando sua tecnologia para combater atividades suspeitas. "É importante sempre usar a própria internet, que foi o canal que você escolheu para efetuar a sua compra, como um canal de pesquisa prévia, verifique esse produto, verifique a loja", orienta Rodrigo Bandeira, da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCOMM). "O Pix é uma transferência tão imediata que proporciona que esse dinheiro vá para uma conta, às vezes, não rastreável, não identificada. A grande maioria absoluta de lojas virtuais do Brasil trabalha com várias formas de pagamento", completou. Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1, Globoplay, Deezer, Spotify, Google Podcasts, Apple Podcasts e Amazon Music trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo. PRAZER, RENATA O podcast 'Prazer, Renata' está disponível no g1, no Globoplay, no Deezer, no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Amazon Music ou no seu aplicativo favorito. Siga, assine e curta o 'Prazer, Renata' na sua plataforma preferida. BICHOS NA ESCUTA O podcast 'Bichos Na Escuta' está disponível no g1, no Globoplay, no Deezer, no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Amazon Music ou no seu aplicativo favorito.

15/11/2024

Plano da Austrália de banir crianças das redes sociais se mostra popular e problemático

País quer proibir menores de 16 anos em mídias sociais, mas especialistas alertam para desafios em segurança, privacidade e implementação. Criança brinca com celular em Ribeirão Preto, SP telas ansiedade Reprodução/EPTV Como você remove as crianças dos danos das redes sociais? Politicamente, a resposta parece simples na Austrália, mas na prática a solução pode ser muito mais difícil. O plano do governo australiano de banir crianças de plataformas de mídia social, incluindo X, TikTok, Facebook e Instagram, até seus 16 anos é politicamente popular. O partido de oposição diz que teria feito o mesmo depois de vencer as eleições previstas para dentro de meses se o governo não tivesse agido primeiro. Os líderes de todos os oito estados australianos e territórios continentais apoiaram unanimemente o plano, embora a Tasmânia, o menor estado, preferisse que o limite fosse fixado em 14 anos. No entanto, muitos especialistas nas áreas de tecnologia e bem-estar infantil têm se mostrado preocupados com a medida. Mais de 140 desses especialistas assinaram uma carta aberta ao primeiro-ministro Anthony Albanese condenando o limite de idade de 16 anos como "um instrumento muito contundente para lidar com os riscos de forma eficaz". Os detalhes sobre o que é proposto e como será implementado são escassos. Mais será conhecido quando a legislação for introduzida no Parlamento na próxima semana. O adolescente preocupado Nesta imagem feita a partir de um vídeo divulgado por Leo Puglisi, de 17 anos, grava seu serviço de notícias on-line 6 News Australia, de Melbourne, Austrália, em janeiro de 2024. Leo Puglisi via AP Leo Puglisi, um estudante de Melbourne, de 17 anos, que fundou o serviço de streaming on-line 6 News Australia aos 11 anos, lamenta que os legisladores que impõem a proibição não tenham a perspectiva sobre as mídias sociais que os jovens ganharam ao crescer na era digital. "Com relação ao governo e ao primeiro-ministro, eles não cresceram na era das redes sociais. O que muitas pessoas não estão conseguindo entender aqui é que, goste ou não, essas plataformas fazem parte da vida diária das pessoas", disse Leo. "Faz parte de suas comunidades, faz parte do trabalho, faz parte do entretenimento, é onde eles assistem ao conteúdo ? os jovens não estão ouvindo rádio, lendo jornais ou assistindo TV aberta ? e, portanto, não pode ser ignorado. A realidade é que essa proibição, se implementada, é apenas chutar a lata no caminho para quando um jovem entrar nas redes sociais", acrescentou o adolescente. Leo foi aplaudido por seu trabalho on-line. Ele foi finalista na indicação de seu estado natal, Victoria, para o prêmio Jovem Australiano do Ano, que será anunciado em janeiro. Sua candidatura credita sua plataforma por "promover uma nova geração de pensadores críticos e informados". A mãe enlutada que virou ativista A defensora da segurança on-line Sonya Ryan participa de uma coletiva de imprensa no Parlamento em Canberra, Austrália, em 15 de junho de 2021. Ryan sabe por tragédia pessoal como a mídia social pode ser perigosa para as crianças. Mick Tsikas/AAP via AP Uma das defensoras da proposta, a ativista de segurança cibernética Sonya Ryan, sabe por tragédia pessoal como as redes podem ser perigosas para as crianças. Sua filha de 15 anos, Carly Ryan, foi assassinada em 2007 no estado da Austrália do Sul por um pedófilo de 50 anos que fingiu ser um adolescente on-line. Em um marco sombrio da era digital, Carly foi a primeira pessoa na Austrália a ser morta por um predador on-line. "As crianças estão sendo expostas à pornografia prejudicial, estão sendo alimentadas com desinformação, há problemas de imagem corporal, há sextorsão, predadores on-line, bullying", disse Sonya Ryan. "Há tantos danos diferentes para eles tentarem administrar e as crianças simplesmente não têm as habilidades ou a experiência de vida para administrá-los bem", acrescentou. Sonya Ryan faz parte de um grupo que assessora o governo sobre uma estratégia nacional para prevenir e responder ao abuso sexual infantil na Austrália. Uma grande preocupação para usuários de mídia social de todas as idades são as possíveis implicações de privacidade da legislação. A tecnologia de estimativa de idade provou ser imprecisa, então a identificação digital parece ser a opção mais provável para garantir que um usuário tenha pelo menos 16 anos. O Comissário de Segurança Eletrônica da Austrália, um escritório que se descreve como a primeira agência governamental do mundo dedicada a manter as pessoas mais seguras on-line, sugeriu em documentos de planejamento a adoção do papel de autenticador. O governo manteria os dados de identidade e as plataformas descobririam por meio do comissário se um potencial titular da conta tinha 16 anos. O cético especialista em internet Tama Leaver, professora de estudos de internet na Curtin University, teme que o governo faça com que as plataformas mantenham os dados de identificação dos usuários. O governo já disse que o ônus recairá sobre as plataformas, e não sobre as crianças ou seus pais, para garantir que todos cumpram o limite de idade. "O pior resultado possível parece ser aquele para o qual o governo pode estar inadvertidamente pressionando, que seria que as próprias plataformas de mídia social acabariam sendo o árbitro da identidade", disse Leaver. "Eles seriam os detentores de documentos de identidade, o que seria absolutamente terrível, porque eles têm um histórico bastante ruim até agora de manter bem os dados pessoais", acrescentou. As plataformas terão um ano após a legislação se tornar lei para descobrir como a proibição pode ser implementada. Ryan, que divide seu tempo entre Adelaide, no sul da Austrália, e Fort Worth, Texas, disse que as preocupações com a privacidade não devem impedir a remoção de crianças das mídias sociais. "Qual é o custo se não o fizermos? Se não colocarmos a segurança de nossos filhos à frente do lucro e da privacidade?" ela perguntou. LEIA TAMBÉM: 'Pane geral' em TV boxes piratas: como é a solução que promete combater caixinhas irregulares Meta é multada em R$ 4,8 bilhões na União Europeia por vincular serviço de classificados ao Facebook Google começa a liberar aplicativo do robô Gemini para iPhone Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar Android 15 tem ?Modo ladrão?, ?Espaço privado? e comunicação por satélite Por que os jovens estão deixando de usar aplicativos de relacionamento?

15/11/2024

'Pane geral' em TV boxes piratas: como é a solução que promete combater caixinhas irregulares

Proposta premiada pela Anatel levaria aparelho pirata a baixar atualização que impede seu funcionamento. Agência disse que está conversando com grupo que sugeriu a medida, mas não confirmou se ela será implementada. TV boxes apreendidas em outubro de 2020, em operação conjunta de Polícia Civil, Polícia Federal e Receita Federal Divulgação As TV boxes irregulares, que prometem acesso indevido a canais e serviços de streaming, podem ter uma "pane geral". É o que propõe um dos vencedores do concurso criado para receber soluções para combater essas caixinhas, também conhecidas como IPTVs piratas. No fim de setembro, o desenvolvedor de sistemas Daniel Lima e outros cinco colegas que trabalham na área da tecnologia da informação ganharam o concurso Hackathon TV Box, organizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O grupo apresentou uma proposta que inutiliza as caixinhas por meio de uma atualização forçada. A Anatel disse que está conversando com os participantes do concurso, mas não confirmou se vai implementar as ideias. Hoje, a agência costuma pedir para as operadoras bloquearem servidores usados pelas caixinhas irregulares. Mas é como enxugar gelo: os endereços dos servidores na internet são atualizados, o que faz as caixinhas voltarem a funcionar. Por isso, a ideia do grupo de Daniel foi ir além do que a Anatel já faz para limitar o uso de aparelhos sem autorização. ? FUNCIONA ASSIM: a pedido da Anatel, a operadora que receber a tentativa de uma TV box de abrir um servidor pirata pode direcionar o acesso para outro endereço, em que há um arquivo de atualização que é baixado automaticamente e pode impedir o funcionamento da caixinha. "Conseguimos adicionar um código que a inutiliza totalmente", disse Daniel. "Nossa solução utiliza recursos avançados de rede para possibilitar que o software da caixinha seja alterado, e o usuário seja impossibilitado de acessar conteúdo protegido". O método é possível porque são as operadoras (ou ISPs, sigla em inglês para "provedor de serviços de internet") que administram a comunicação de rede. "Como a Anatel controla os ISPs, ela consegue obrigá-los a implementar os recursos avançados de rede que tornam possível à caixinha receber um pacote alterado", explicou Daniel. "No momento em que a Anatel implementar a solução, vai ser uma pane geral na maioria das caixinhas irregulares que estão em uso", disse Daniel. Para evitar a inutilização de TV boxes regulares, é necessário definir padrões que afetem somente as caixinhas piratas, como as informações que o próprio aparelho envia sobre si na comunicação com a internet e os endereços que ele busca acessar. O que falta para o plano sair do papel? O concurso teve a participação de profissionais e estudantes de áreas como cibersegurança, rede e desenvolvimento. Além do grupo de Daniel, outras duas equipes foram premiadas pela Anatel. Agora, com as propostas apresentadas, fica a cargo da própria Anatel implementar as soluções (ou parte delas). Isso porque trata-se de uma solução de larga escala, que exige a participação de órgãos públicos, disse Daniel. "Para o combate à pirataria, é necessária uma parceria entre todos. É um assunto extremamente complexo, que gera bastante prejuízo financeiro para provedores de internet e provedores de conteúdo". A Anatel informou ao g1 que "tem considerado todos os conceitos e ideais que foram apresentados como melhoria nos processos internos e externos" e que tem feito reuniões com os participantes do hackathon para adaptar as propostas às metodologias já usadas pela agência (veja a nota abaixo). O g1 questionou se as soluções vencedoras serão implementadas e quando isso aconteceria, mas não houve resposta da agência. Somente em 2023, a Anatel ordenou a derrubada de cerca de 3.900 servidores usados por TV boxes irregulares. Mas a mudança constante dos endereços desses servidores faz o trabalho se tornar permanente para a agência. Um dos alvos da Anatel são os aplicativos usados em transmissões piratas de futebol. Em uma das operações, o órgão bloqueou serviços ilegais durante a última rodada de Brasileirão de 2023. Quais são os riscos das caixinhas irregulares? Além de distribuírem conteúdo pirata, as caixinhas irregulares podem trazer prejuízo para usuários. De acordo com a Anatel, os aparelhos não têm assistência técnica e não garantem segurança de dados, o que pode torná-los alvo de ciberataques. A agência analisou as caixinhas e identificou que algumas podem incluir arquivos maliciosos que assumem o controle do aparelho e capturam dados de usuários, como informações financeiras e arquivos armazenados em outros dispositivos na mesma rede. Leia a íntegra do comunicado da Anatel: "A Anatel está realizando reuniões com os participantes do Hackathon além dos premiados, pois todas as equipes apresentaram soluções que foram vistas como oportunidade de melhoria no processo realizado pela Agência. O objetivo das discussões tem sido adaptar as soluções apresentadas as metodologias já utilizadas pela Agência. Boa parte das propostas estão alinhadas com o que a Anatel já realiza. Desta forma, a Agência tem considerado todos os conceitos e ideias que foram apresentados como melhoria nos processos internos e externos da Agência, que permitirão otimizar a segurança da infraestrutura de telecomunicações e dos usuários. O processo já está em andamento, pois é contínuo, com a Anatel trabalhando junto com os participantes." Relembre abaixo quando a Anatel começou a notificar prestadoras de telefonia para liberarem o acesso ao X: Anatel começa a notificar prestadoras de telefonia para liberarem o acesso ao X

14/11/2024

Usuários relatam instabilidade no Instagram

Número de reclamações atingiu pico por volta das 17h20 e começou a cair logo depois, segundo o Downdetector, site que monitora funcionamento de plataformas digitais. Pessoa usa Instagram no celular Unsplash Usuários relataram instabilidade no Instagram nesta quinta-feira (14). As reclamações começaram a ser registradas às 17h, atingiram o pico por volta das 17h20 e começaram a cair logo depois, segundo o Downdetector, site que monitora o funcionamento de plataformas digitais. Para alguns usuários, apareceu uma mensagem de erro quando eles tentaram acessar o feed da plataforma pelo desktop (veja na imagem abaixo): Captura de tela de usuário que relatou instabilidade ao acessar o Instagram pelo desktop nesta quinta-feira (14). Reprodução O g1 procurou a Meta, dona do Instagram, para obter mais informações e aguarda posicionamento. Veja mais: Clones de famosos vão 'conversar' com seguidores por meio de IA da Meta; entenda Meta AI: o que é e como usar a nova inteligência artificial do WhatsApp, que viralizou por conta de erros Números desconhecidos no WhatsApp adicionam usuários a grupos sem autorização Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar

14/11/2024

Meta é multada em R$ 4,8 bilhões na União Europeia por vincular serviço de classificados ao Facebook

Comissão Europeia disse que Meta abusou de sua posição dominante no mercado de redes sociais. Empresa nega que tenha violado a lei e disse que vai recorrer da decisão. Comissão Europeia concluiu que Meta "abusa de sua posição dominante" com o Facebook Marketplace Dado Ruvic / REUTERS A Meta, dona de Instagram, WhatsApp e Facebook, foi multada em 798 milhões de euros (cerca de R$ 4,8 bilhões) pela União Europeia por práticas anticompetitivas no mercado de publicidade na internet. Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (14), a Comissão Europeia, braço de fiscalização do bloco europeu, disse que a multa foi aplicada porque a Meta vinculou o serviço de anúncios classificados Facebook Marketplace à rede social Facebook. A Comissão Europeia destacou que a Meta "é dominante no mercado de redes sociais pessoais" e que, ao vincular o Marketplace à plataforma, "todos os usuários do Facebook automaticamente têm acesso e são expostos ao Facebook Marketplace, quer queiram ou não". O órgão acusou a Meta de impor condições comerciais injustas para outros serviços de classificados online que anunciam em suas plataformas e disse que o Facebook Marketplace tem "uma vantagem substancial de distribuição que os concorrentes não podem igualar". A Meta nega que tenha violado a lei e já disse que vai recorrer. Na opinião da empresa, a decisão da Comissão "ignora a realidade do poderoso mercado de anúncios on-line da Europa". "Os usuários do Facebook podem escolher se desejam ou não interagir com o Marketplace, e muitos não o fazem. A realidade é que as pessoas usam o Facebook Marketplace porque querem, não porque têm que fazê-lo", disse a empresa, em comunicado. "É decepcionante que a Comissão tenha optado por tomar medidas contra um serviço gratuito e inovador, criado para atender às demandas dos consumidores", indicou. Abuso de posição dominante A Comissão Europeia concluiu que a Meta "abusa de sua posição dominante" e disse que o valor da multa foi definido pela "duração e gravidade da violação". O órgão de fiscalização teve diversos confrontos com a Meta desde que a União Europeia adotou a Lei de Serviços Digitais (DSA, na sigla em inglês) e a Lei de Mercados Digitais (DMA). Ambas preveem multas para empresas que não se ajustem a normas na internet. Como resultado dessa pressão, a Meta anunciou nesta semana que ofereceria aos usuários de Instagram e Facebook na União Europeia a opção de receber menos anúncios direcionados. Ao mesmo tempo, prometeu reduzir as tarifas de assinatura para serviços totalmente livres de publicidade.

14/11/2024

Google começa a liberar aplicativo do robô Gemini para iPhone

Até então, o concorrente do ChatGPT só tinha um aplicativo próprio para Android. Ferramenta pode gerar textos, imagens e códigos de programação a partir de instruções curtas. Gemini, inteligência artificial do Google Divulgação/Google O Google começa a liberar nesta quinta-feira (14) o aplicativo do Gemini para iPhone. Até então, no iOS, era preciso usar o aplicativo do Google ou o navegador ? no Android, já era possível usar o aplicativo próprio do robô, concorrente do ChatGPT. A ferramenta, classificada pelo Google como um "assistente pessoal de IA", consegue gerar textos, imagens e códigos de programação a partir de instruções curtas. O Gemini usa o modelo Imagen 3 para gerar imagens a partir de descrições em texto. O Google tinha pausado a geração de imagens no Gemini em fevereiro porque uma versão anterior do Imagen apresentou erros, como aconteceu com o Meta AI. A empresa diz que o Gemini pode ajudar a criar planos de estudo personalizados. Por exemplo, é possível enviar a imagem de uma atividade e pedir para o robô elaborar exercícios sobre o tema. No lançamento do Gemini, o Google demonstrou que o robô conseguiu analisar a foto de um exercício de física, identificar um erro no cálculo e encontrar a solução correta. O aplicativo do Gemini pode ainda buscar informações em outros serviços do Google, como YouTube, Maps, Gmail e Agenda. Assinantes também podem usar o Gemini Live, recurso em que ele "conversa" com usuários de forma fluida. É possível interromper, mudar de direção ou se aprofundar em um tema a qualquer momento do bate-papo. Como funciona o Gemini, a inteligência artificial mais poderosa do Google Google libera modo de voz em português no robô Gemini

14/11/2024

Meta deve enfrentar julgamento antitruste nos EUA sobre aquisições do Instagram e do WhatsApp

Big tech é acusada de monopolizar o setor de redes sociais por meio da aquisição de outras plataformas, prejudicando a concorrência. Meta e suas empresas Reuters A Meta, dona do Facebook, deverá enfrentar um julgamento em um processo movido pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) que pede a separação das empresas do grupo. A gigante da tecnologia é acusada de ter adquirido o Instagram e o WhatsApp com o objetivo de eliminar a concorrência no setor de mídias sociais. A decisão de prosseguir com o processo foi tomada pelo juiz James Boasberg, nesta quarta-feira (13). Boasberg negou o pedido da Meta para encerrar o caso, movido em 2020, alegando que a empresa agiu ilegalmente para manter o monopólio de rede social. A data da audiência que poderá desmembrar as empresas ainda não foi marcada. O caso é um dos cinco processos de grande repercussão nos EUA em que os órgãos de defesa da concorrência da FTC e do Departamento de Justiça dos EUA estão movendo contra as chamadas big techs. ? Por que parte do arquivo da internet está desaparecendo para sempre O FTC alega que a Meta pagou um valor inflacionado pelo Instagram em 2012 e pelo WhatsApp em 2014 com o objetivo de neutralizar potenciais concorrentes, evitando competir diretamente no ecossistema móvel. Boasberg permitiu que essa alegação fosse mantida, mas rejeitou o argumento da FTC de que o Facebook restringiu o acesso de desenvolvedores de aplicativos de terceiros à plataforma, a menos que eles concordassem em não competir com seus serviços principais. O juiz também rejeitou a defesa da big tech de que a aquisição do WhatsApp fortaleceu sua posição estratégica em relação à Apple e ao Google. A Meta pediu ao juiz que rejeitasse todo o caso, dizendo que ele se baseava em uma visão excessivamente restrita dos mercados de mídia social e não levava em conta a concorrência do TikTok, da ByteDance, do YouTube, do Google, do X e do LinkedIn, da Microsoft. Além da Meta, a Amazon e a Apple também estão sendo processadas, e o Google, da Alphabet, está enfrentando dois processos, incluindo um em que um juiz concluiu recentemente que a empresa impediu ilegalmente a concorrência entre os mecanismos de busca on-line. LEIA TAMBÉM: Inteligência artificial de Elon Musk diz que o bilionário espalhou fake news sobre eleição americana Órgão do governo pede explicações de empresa do criador do ChatGPT sobre escaneamento de íris dos brasileiros Clones de famosos vão 'conversar' com seguidores por meio de IA da Meta; entenda Números desconhecidos no WhatsApp adicionam usuários a grupos sem autorização Por que os jovens estão deixando de usar aplicativos de relacionamento? Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar

14/11/2024

Por que parte do arquivo da internet está desaparecendo para sempre (e o que está sendo feito para evitar isso)

Um quarto de todas as páginas web que já existiram em algum momento entre 2013 e 2023 já não existem mais. Pesquisas indicam que 25% das páginas web publicadas entre 2013 e 2023 não existem mais. Getty Images via BBC Os fragmentos remanescentes de papiros, mosaicos e tábuas de cera da Antiguidade nos ensinam o que os moradores de Pompeia comiam no café da manhã, 2 mil anos atrás. Aprendendo um pouco de latim medieval, é possível saber quantos animais eram criados no século 11, nas fazendas de Northumberland, no norte da Inglaterra, graças ao Domesday Book ? o documento mais antigo dos Arquivos Nacionais do Reino Unido. Cartas e romances remanescentes mostram como era a vida social na era vitoriana ? e quais eram as pessoas mais adoradas ou odiadas da época, no Reino Unido. Mas os historiadores do futuro podem enfrentar dificuldades para entender totalmente como vivemos hoje, no início do século 21. O motivo: a combinação da nossa forma de vida digital com a falta de esforços oficiais para arquivar as informações que o mundo produz hoje em dia pode apagar a nossa história. Mas um grupo informal de organizações vem combatendo as forças da entropia digital. Muitas delas são operadas por voluntários, com pouco apoio institucional. O maior símbolo da luta para salvar a web é o Internet Archive, uma organização sem fins lucrativos sediada em São Francisco, na Califórnia (EUA). Criada em 1996 como um projeto apaixonado do pioneiro da internet Brewster Kahle, a organização criou o que pode ser o mais ambicioso projeto de arquivo digital já realizado. São 866 bilhões de páginas web, 44 milhões de livros, 10,6 milhões de vídeos com filmes e programas de televisão ? e muito mais. Abrigadas em diversos centros de dados espalhados pelo mundo, as coleções do Internet Archive e outros grupos similares são tudo o que temos para evitar a amnésia digital. "Os riscos são muitos. Não é só a tecnologia que pode falhar, embora isso certamente aconteça", afirma Mark Graham, diretor da Wayback Machine ? uma ferramenta do Internet Archive que coleta e armazena cópias de websites para a posteridade. "O mais importante é que as instituições falham, as empresas fecham. As organizações jornalísticas são devoradas por outras organizações jornalísticas ou saem do ar, como é cada vez mais frequente", exemplifica ele. Graham destaca que existem inúmeros incentivos para colocar conteúdo online, mas são poucas as razões que fazem as companhias manterem este conteúdo no longo prazo. Mesmo com todos os feitos já realizados, o Internet Archive e organizações similares enfrentam ameaças financeiras, dificuldades técnicas, ciberataques e batalhas jurídicas geradas por empresas que não gostam da ideia de ver cópias da sua propriedade intelectual disponíveis gratuitamente. E, como mostram as recentes derrotas na Justiça, o projeto de salvar a internet pode ser tão volátil quanto o próprio conteúdo que ele tenta proteger. "Cada vez mais, nossos esforços intelectuais, nosso entretenimento, nossas notícias e nossas conversas existem apenas no ambiente digital", explica Graham. "Este ambiente é inerentemente frágil." Salvar nossa história Um quarto de todas as páginas web que já existiram em algum momento entre 2013 e 2023... não existem mais. Esta é a conclusão de um estudo recente do think tank (centro de pesquisa e debates) Pew Research Center, com sede na capital americana, Washington DC. Suas conclusões fizeram soar o alarme: nossa história digital está desaparecendo. Os pesquisadores concluíram que o problema se agrava, quanto mais antiga for uma página web. A organização tentou acessar páginas existentes em 2013 ? e 38% delas não funcionam mais. Mas este também é um problema das publicações mais recentes. Cerca de 8% das páginas web publicadas em algum momento de 2023 desapareceram em outubro do mesmo ano. Esta não é apenas uma preocupação dos admiradores da história e dos obcecados pela internet. O estudo indicou, por exemplo, que um em cada cinco websites governamentais contém pelo menos um link quebrado. O Pew Research Center também descobriu que mais da metade dos artigos da Wikipédia tem um link quebrado na sua seção de referências. Ou seja, as evidências que sustentam as informações da enciclopédia online estão lentamente se desintegrando. Com a inexistência de um trabalho público formal de documentação da web, o Internet Archive passou a ser uma parte fundamental da nossa infraestrutura digital. Getty Images via BBC Mas, graças ao trabalho do Internet Archive, nem todos esses links quebrados ficaram inacessíveis. O projeto Wayback Machine vem destacando exércitos de robôs para rastrear os tortuosos labirintos da internet há décadas. O sistema baixa cópias funcionais de websites à medida que eles mudam ao longo do tempo. Muitas vezes, eles capturam as mesmas páginas diversas vezes em um único dia e as oferecem ao público sem custo. "Quando observamos quantas daquelas URLs foram oferecidas pelo Wayback Machine, verificamos que dois terços eram disponíveis de alguma forma", ele conta. Isso indica que o Internet Archive está cumprindo sua função, guardando registros da sociedade online para a posteridade. Outras organizações, grandes e pequenas, trabalham com projetos similares. A Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, por exemplo, preserva websites governamentais, os sites dos congressistas e uma coleção de sites jornalísticos norte-americanos. A Biblioteca do Congresso também preservou uma cópia de cada tweet enviado desde a fundação do Twitter (hoje, conhecido como X), até o encerramento do projeto, em 2017. Outros governos conduzem suas próprias iniciativas. O UK Web Archive, da Biblioteca Britânica, rastreia anualmente os websites com nomes de domínio .uk, preservando uma cópia da internet britânica pelo menos uma vez por ano. Em 2022, um grupo de voluntários se propôs a salvar a internet ucraniana, quando ela foi atingida por ciberataques russos. Mas o escopo destes projetos é pequeno e o Internet Archive procura ter uma cobertura mais abrangente. Com os recursos disponíveis, seria impossível chegar perto de preservar toda a internet, mas seus sistemas definiram uma ampla rede. E, dependendo do que você esteja procurando, a coleção do Internet Archive é tão vasta que, às vezes, parece um registro funcional e completo da World Wide Web. O sucesso traz complacência Os documentos do Archive disponíveis ao público ajudam a manter o registro das nossas vidas na era atual. A Wikipédia adotou, como prática padrão, mencionar as cópias de websites do Wayback Machine e não os próprios websites originais. E a organização também preserva uma vasta coleção de gravações anteriores à era digital. A adorada série de TV americana Fernwood 2 Night (1977), por exemplo, não está disponível em nenhum serviço de streaming, mas você pode assistir de graça no Internet Archive. Livros, revistas e websites mencionam as cópias digitais de livros do Internet Archive, indisponíveis nas bibliotecas físicas. O projeto age até como ferramenta de preservação para o público. Qualquer pessoa pode carregar vídeos, websites e praticamente qualquer coisa para os servidores da organização. Entre as principais coleções preservadas pela Wayback Machine, encontram-se vastos registros de websites criados no GeoCities ? um antigo serviço de hospedagem de sites, agora extinto. Muito antes das redes sociais, o GeoCities foi uma das primeiras plataformas que possibilitavam a qualquer pessoa criar o seu próprio website. Os historiadores da internet consideram o GeoCities um dos capítulos mais importantes dos primórdios da World Wide Web ? e, sem o trabalho do Internet Archive, a maior parte dos seus sites teria sido perdida. Mais recentemente, uma comissão do Congresso dos Estados Unidos adotou o Internet Archive para preservar artigos e documentos relativos ao ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. "De tempos em tempos, surge uma nova plataforma e as forças econômicas rapidamente meio que a destroem", afirma Andrew Jackson, arquiteto técnico de registros de preservação da Coalizão para a Preservação Digital, um grupo ativista e organização filantrópica britânica que orienta como preservar os arquivos digitais online. "É uma grande fonte de rotatividade." O website jornalístico especializado em tecnologia CNET sofreu pressões em 2023, após informações de que a empresa excluiu dezenas de milhares de artigos, causando a perda de décadas de história. Entre as respostas do site, veio a indicação de que todos os seus artigos excluídos foram preservados na Wayback Machine. Muitos críticos acusaram a empresa de ter transferido para o Internet Archive sua responsabilidade de manutenção dos arquivos. "O Google e outros mecanismos de busca incentivam ativamente a manutenção de URLs estáveis, mas, tecnicamente, é algo bastante difícil", explica Jackson. "Sempre que uma nova empresa reforma seu website, ela precisa calcular quantos das suas novas URLs ela irá tentar manter ao longo do tempo." Mas vale a pena lembrar que o Internet Archive é uma organização sem fins lucrativos, financiada por doações de fundações beneficentes. É um projeto sem fim, com custos que crescem exponencialmente. O Internet Archive assumiu voluntariamente a missão de ser a principal biblioteca da nossa vida digital em todo o mundo. E, com a web se aproximando da sua quarta década, este projeto totalmente não oficial se tornou um pilar fundamental da internet. Mas, da mesma forma que aumenta a nossa confiança no Internet Archive, também crescem as ameaças que pairam sobre o seu trabalho. Golpes no Whatsapp: saiba como se proteger 'Ponto crítico de falha' Em setembro, o Internet Archive anunciou uma importante parceria com o Google. O mecanismo de busca da gigante da tecnologia irá agora incluir links para o Wayback Machine nos seus resultados de busca. Nenhuma das partes publicou os detalhes financeiros do acordo. Mas outras notícias recentes demonstram que o projeto ainda enfrenta fragilidades. Sua vulnerabilidade foi exposta abertamente em uma ação judicial contra o Internet Archive, promovida por quatro grandes editoras de livros. Elas alegam que a prática de digitalizar livros físicos e emprestar cópias digitais infringe a legislação americana de direitos autorais. Antes da pandemia de covid-19, o Internet Archive emprestava apenas uma cópia digital por vez, para cada livro físico na sua coleção. Mas, durante os lockdowns, a organização eliminou a restrição, emprestando aos seus apoiadores quantidades ilimitadas de cópias digitais de livros, para tentar compensar o fechamento das bibliotecas físicas. Em 2023, um tribunal americano julgou a prática ilegal e, no início de setembro, o recurso do Internet Archive contra a decisão foi rejeitado. A organização havia informado que concordava em pagar ao grupo de editoras um valor não revelado em relação ao caso. Passada aquela ação, o Internet Archive já enfrenta outro processo movido pelas gravadoras, referente à digitalização de discos. Em caso de derrota, este novo processo poderá custar US$ 400 milhões (R$ 2,3 bilhões). O valor pode pôr em risco a sobrevivência da organização. Formada ao longo de três décadas, a coleção do Internet Archive inclui centenas de bilhões de páginas web. Getty Images via BBC O diretor dos serviços de biblioteca do Internet Archive, Chris Freeland, afirmou, em declaração sobre a decisão judicial, que a organização está analisando o parecer dos tribunais. As batalhas jurídicas existenciais não são os únicos riscos que pairam sobre o mundo da preservação digital. O UK Web Archive teve uma amostra das ameaças técnicas mal intencionadas em outubro de 2023, quando um ciberataque derrubou seus sistemas digitais. Um ano depois, o portal ainda enfrenta problemas causados pela queda ? e o acesso online a grande parte da sua coleção ainda está indisponível. Em maio de 2024, o Internet Archive divulgou que estava enfrentando um grande ataque distribuído de negação de serviço (DDoS, na sigla em inglês). Nele, vândalos ou outros delinquentes criam sistemas automatizados para bombardear websites com visitas, tentando derrubá-los sobrecarregando seus servidores. No pico do ataque, dezenas de milhares de visitas simultâneas surgiam a cada segundo. Os serviços foram derrubados, incluindo a Wayback Machine. Com isso, o rastreamento regular da web para arquivo foi interrompido por algum tempo, o que pode ter causado lacunas permanentes no seu registro histórico. O Internet Archive "foi criado por um indivíduo e se tornou uma espécie de pivô", segundo Jackson. "Ele também parece ser um ponto crítico de falha em potencial. Embora seja muito mais sofisticado do que simplesmente os voluntários, ele é uma instituição, em uma região, sujeito a um arcabouço legal." A organização reconhece estas preocupações. Se o trabalho do Internet Archive fosse suspenso e "esta lacuna não fosse preenchida imediatamente, grande parte do que é disponibilizado atualmente na web pública ficaria em risco", explica Graham. Ele deixa claro que o Internet Archive não irá abandonar suas responsabilidades no futuro próximo, mas seria útil obter ajuda externa para o projeto. "Existem oportunidades para muitas pessoas contribuírem, de diversas formas", destaca ele. Responsabilidades partilhadas, prioridades diferentes Sem um trabalho formal de organização do trabalho de preservação da internet, o projeto fica a cargo de amadores e voluntários, ao lado de alguns grupos de organismos não oficiais que, geralmente, operam de forma independente. "Faz sentido que o trabalho de arquivo seja descentralizado", segundo a historiadora de tecnologia Mar Hicks, da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos. "Mas um dos problemas é a variação das prioridades." Hicks destaca que um dos primeiros pontos que qualquer arquivista irá considerar ao construir um arquivo é o que ele deve priorizar. "E, com muita descentralização, as prioridades serão muito diferentes", explica ela. "Haverá pessoas nos grupos cuja prioridade será tentar reunir de tudo ? o máximo que puderem, eles podem querer completar tudo." E haverá outros que irão se concentrar em determinadas áreas, como o arquivo britânico, por exemplo. A preocupação com essa abordagem pontual e descentralizada é a possibilidade de repetição, que faz com que preciosos recursos de arquivo sejam desperdiçados com cópias duplicadas ou triplicadas dos websites mais populares. Enquanto isso, algumas áreas que podem ter importância histórica são desprezadas por se enquadrarem entre as responsabilidades de grupos diferentes. "Os arquivistas irão dizer que estas questões existem há muito tempo", afirma Hicks. Mas elas são exacerbadas pela quantidade de material produzida no nosso mundo digital. Todos os dias, são enviados cerca de um bilhão de e-mails. O YouTube afirma que mais de 500 horas de vídeo são postadas na plataforma a cada minuto. Para Hicks, a internet é "essencialmente uma mangueira de incêndio, lançando material e informações. Não faz sentido tentar registrar tudo o que sai da mangueira. Não faria sentido do ponto de vista de recursos." De certa forma, esta é uma preocupação antiga. "Como historiadores, temos o mesmo problema", explica Hicks. "Temos uma enorme quantidade de documentos do passado. Mas temos apenas certos documentos e as vozes de certas pessoas ? e muitas das vozes que estão faltando foram incrivelmente importantes, mas foram apagadas." Para Hicks, é preciso ter certas prioridades sobre o que está sendo preservado das pegadas digitais da nossa geração. Caso contrário, corremos o risco de extrapolar rapidamente os custos com esforços secundários de registro da história da web. Isso sem falar nos oceanos de arquivos digitais que vivem offline. "Se precisarmos preservar tudo, fica muito caro", segundo Andrew Jackson. "Existe muito conteúdo mais antigo ou menos atraente que fica perdido pelo caminho." "Não estamos capturando bem o mundo não ocidental", reconhece Jackson. "Existem lacunas que não foram preenchidas em diferentes domínios culturais." Muitas dessas organizações que procuram combater suas próprias tendências e preconceitos acabam assumindo o peso da tarefa, enquanto os governos e as empresas responsáveis pelas plataformas simplesmente assistem. "Grupos independentes de pessoas, simplesmente preocupadas e dispostas a dedicar seu tempo livre a esta questão, têm mais recursos e conhecimento do que as instituições formalmente responsáveis", afirma Jackson. Hicks alerta que existe um vácuo que poucas pessoas estão atendendo, exceto por um punhado de arquivistas obsessivos. "Não está claro de quem é a responsabilidade de arquivar [a internet], nem a serviço de quem", afirma a historiadora. Mas um ponto é claro: segundo ela, todos nós deveríamos pagar para apoiar a luta pela preservação. "De um ponto de vista muito pragmático, se você não pagar essas pessoas e garantir que estes arquivos recebam financiamento, eles não irão existir no futuro", explica ela. "Eles irão desaparecer e todo o trabalho de coleta irá voar pela janela." "Porque o grande propósito do arquivo não é simplesmente coletá-lo, mas fazer com que ele seja mantido indefinidamente no futuro." O Iluminismo do século 18 viu o nascimento de um movimento internacional de bibliotecas, com os governos e filantropos percebendo a necessidade de preservar e distribuir livros para o público. Mas este senso de responsabilidade cívica do passado não se estendeu para a internet. Isso pode se dever aos complexos interesses comerciais do mundo digital ou simplesmente às imensas dificuldades técnicas. Ou, talvez, porque os observadores casuais podem não achar necessário preservar a web. Um livro é um recurso claramente finito ? ele pode ser perdido ou danificado. Mas a web parece muito acessível. Qualquer pessoa com conexão à internet pode abrir um navegador e digitar uma URL. Está tudo ali, disponível. Até que não esteja mais.

14/11/2024

Inteligência artificial de Elon Musk diz que o bilionário espalhou fake news sobre eleição americana

Concorrente do ChatGPT, Grok afirmou que postagens de Musk com alegações enganosas ou falsas sobre eleições acumularam bilhões de visualizações no X. Bilionário participou ativamente da campanha de Donald Trump e foi anunciado como integrante do futuro governo. Donald Trump e Elon Musk Reprodução A inteligência artificial Grok, desenvolvida em uma iniciativa de Elon Musk, afirmou que o bilionário espalhou desinformação em vários tópicos, incluindo eleições, para sua audiência no X. A resposta começou a circular na rede social na última segunda-feira (11). "As postagens de Musk relacionadas às eleições, que continham alegações enganosas ou falsas, acumularam bilhões de visualizações", afirmou o Grok, disponível somente para usuários da versão paga do X, em resposta ao usuário Gary Koepnick, que compartilhou o resultado. Musk participou ativamente da campanha de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos e desembolsou cerca de US$ 200 milhões (R$ 1,15 bilhão) em doações para o republicano. Na terça-feira (12), Trump anunciou Musk como chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos EUA, que, segundo Trump, vai trabalhar para "desmantelar a burocracia governamental, cortar regulamentações excessivas, cortar gastos desnecessários e reestruturar as agências federais". Elon Musk no governo Trump: o que se sabe e o que falta saber sobre seu futuro cargo Alegações falsas de Musk Uma das fontes citadas pelo Grok, um concorrente do ChatGPT, para apontar a desinformação de Elon Musk é um estudo da ONG americana Centro de Combate ao Ódio Digital (CCDH). O relatório diz que houve mais de 2 bilhões de visualizações em alegações falsas de Musk, como a de que o número de imigrantes irregulares triplicou nos estados-chave da eleição dos EUA. Rede social X, do bilionário Elon Musk AP Photo/Rick Rycroft A inteligência artificial também citou vídeos adulterados sobre eleição compartilhados por Musk e as consequências que suas postagens têm no mundo real. E disse que os comentários do bilionário têm visibilidade significativa porque ele é dono e o usuário mais seguido do X. O Grok indicou ainda que algumas postagens de Musk com desinformação não receberam as Notas da Comunidade, recurso da rede social criado justamente para contextualizar o que é publicado na plataforma por contas com grande alcance. "Essas evidências coletivas de análises de notícias, relatórios de pesquisa e postagens em redes sociais indicam que Elon Musk tem sido, de fato, um disseminador significativo de desinformação, impactando potencialmente bilhões de pessoas por meio de sua plataforma e influência pessoal", afirmou o Grok. Ao final, o robô pontuou que a desinformação pode se espalhar por vários canais, e não apenas por uma pessoa. E sinalizou que a resposta se baseou em postagens no X compartilhadas por veículos como CBS News e France 24, bem como em comentários de jornalistas na plataforma. Trump cumpre promessa e anuncia novo departamento no governo para Elon Musk

13/11/2024

Órgão do governo pede explicações de empresa do criador do ChatGPT sobre escaneamento de íris dos brasileiros

Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) investiga biometria ocular em projeto da World para distinguir humanos de robôs e verifica conformidade com a LGPD; organização já atua em países como EUA, México, Espanha, Portugal e Alemanha. Câmera Orb, da Word, que escaneia a íris Darlan Helder/g1 A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) abriu um processo de fiscalização contra a World, que iniciou nesta quarta-feira (13) o escaneamento de íris de brasileiros interessados. A organização tem feito a coleta de íris em dez pontos da cidade de São Paulo. O registro é gratuito e oferece como incentivo 25 tokens da Worldcoin, uma moeda digital que, na cotação atual, dá cerca de R$ 330. A Word já atua em países como Estados Unidos, México, Espanha, Portugal e Alemanha. O lançamento oficial no Brasil acontece nesta quarta. Em nota ao g1, a ANPD, que é vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, afirmou que busca mais informações sobre o funcionamento do projeto no país e irá verificar se a empresa está em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) (leia a nota ao final da reportagem). Na tarde desta terça-feira (12), a equipe de fiscalização da ANPD se reuniu com representantes da World para esclarecer dúvidas sobre o projeto e entregar o documento que formaliza o pedido de explicações adicionais. Procurada pelo g1, a World afirmou que está à disposição das autoridades reguladoras dos países em que atua para esclarecer seu projeto. A empresa também disse que busca cumprir todas as leis e regulamentações relacionadas ao processamento de dados pessoais nos mercados onde opera (leia a nota ao final da reportagem). ?? O que é o projeto Empresa quer escanear a íris de toda a população mundial para coletar dados A World é uma organização criada por Sam Altman, CEO da OpenAI, dona do ChatGPT. Além de Altman, o empresário Alex Blania também participa da iniciativa. Ambos são fundadores da Tools for Humanity, empresa responsável pela operação da World. O projeto que escaneia a íris tem como objetivo auxiliar na distinção entre humanos e robôs criados por inteligência artificial (IA). Entre os potenciais usos da inovação está a prevenção de perfis falsos em sites e redes sociais, por exemplo. Segundo a World, essa tecnologia ainda pode substituir o Captcha, uma ferramenta de segurança usada por vários sites para certificar que quem está acessando é um humano e não um robô (veja na imagem mais abaixo). Dispositivo usado para criar 'passaporte digital' da Worldcoin Darlan Helder/g1 A "foto" da irís da pessoa é tirada com a câmera Orb (veja na imagem acima) e é usada para criar um código numérico para identificar cada usuário e, de acordo com a World, é apagada logo em seguida. No segundo semestre do ano passado, a Word chegou a disponibilizar três locais de atendimento em São Paulo. Naquele período, a empresa disse que a operação era apenas um teste e que os "serviços não tinham a previsão de serem permanentes no momento". A estrutura da World tem três frentes: ?? World ID, como é chamado o passaporte digital que transforma o registro da íris em uma sequência numérica; ? Token Worldcoin (WLD), a criptomoeda que será distribuída como recompensa para todos os inscritos; ?World App, o aplicativo que permite fazer transações com a criptomoeda. Teste do reCAPTCHA pode ser validado automaticamente em certas circunstâncias Reprodução Leia a nota da ANPD: "A ANPD instaurou, dia 11, um processo de fiscalização com o objetivo de obter mais informações sobre o projeto e avaliar a sua conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais - LGPD. Na tarde de ontem, membros da equipe de fiscalização da ANPD reuniram-se virtualmente com representantes da empresa, que expuseram uma visão geral do projeto, responderam a algumas perguntas e receberam formalmente Ofício da ANPD solicitando a apresentação de informações complementares." Leia a nota da Word: "A World e seu principal produto, o World ID, estão criando as ferramentas que a humanidade precisa para se preparar para a era da IA, potencializando indivíduos com acesso a sistemas financeiros e oportunidades que de outra forma não teriam, e, ao mesmo tempo, preservando a privacidade individual. Não é incomum que ideias inovadoras e novas tecnologias levantem questionamentos. Acreditamos que é importante que os reguladores busquem informações ou esclarecimentos sobre suas dúvidas. A World Foundation busca estar totalmente em conformidade com todas as leis e regulamentações relevantes que regem o processamento de dados pessoais nos mercados onde opera. Isso inclui, mas não se limita à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (13.709/2018). A World Foundation dá alta prioridade ao engajamento com indivíduos e organizações para responder a quaisquer perguntas que possam ter e garantir a transparência em nossas operações." Como são os 'clones' de influenciadores que poderão interagir com fãs  Números desconhecidos no WhatsApp adicionam usuários a grupos sem autorização SpaceX lança 1º satélite de madeira do mundo

13/11/2024

Por que o criador do ChatGPT quer escanear a íris dos brasileiros

World inicia oficialmente operação no Brasil hoje, com tecnologia de escaneamento de íris para distinguir humanos de bots e combater perfis falsos no ambiente on-line. Empresa já estava funcionando em outros países. Dispositivo usado para criar 'passaporte digital' da Worldcoin Reuters/Annegret Hilse A World, projeto cocriado por Sam Altman, CEO da OpenAI, chega em território nacional nesta quarta-feira (13) com a proposta de escanear a íris da população brasileira. O projeto tem como objetivo auxiliar na distinção entre humanos e robôs criados por inteligência artificial (IA). Entre os potenciais usos da inovação está a prevenção de perfis falsos em sites e redes sociais, por exemplo. Ele também pode substituir o Captcha (veja na imagem abaixo), uma ferramenta de segurança usada por vários sites para certificar que quem está acessando é um humano e não um robô. A World afirma que, hoje, uma inteligência artificial já é capaz de enganar essa checagem. Por enquanto, não há custo para quem optar pelo registro, e a pessoa pode receber 25 tokens da Worldcoin, uma moeda digital semelhante ao Bitcoin. Na conversão para o real, esse valor equivale a aproximadamente R$ 330. Teste do reCAPTCHA pode ser validado automaticamente em certas circunstâncias Reprodução No segundo semestre do ano passado, a Word chegou a disponibilizar três locais de atendimento em São Paulo. Naquele período, a empresa disse que a operação era apenas um teste e que os "serviços não tinham a previsão de serem permanentes no momento". A World já opera outras regiões: Estados Unidos, México, Espanha, Portugal, Alemanha e Japão são alguns dos países em que ela trabalha. Durante o período de testes, antes da estreia oficial, a companhia afirmou já ter coletado a íris de mais de 2.700 brasileiros. Coleta da íris no Brasil começa hoje Agora, a empresa começa a coletar as íris de brasileiros interessados em dez pontos da cidade de São Paulo. A World afirma que os endereços podem ser verificados em seu site oficial. A companhia não detalhou como são e quais são esses locais de coleta, mas disse que eles estarão espalhados em alguns shoppings da cidade. O registro é gratuito para todo os interessados, segundo a World. Ainda não há prazo para ampliar para outras regiões do Brasil. Além de Altman, o empresário Alex Blania também participa da iniciativa. Ambos são fundadores da Tools for Humanity, empresa responsável pela operação da World. A estrutura da World tem três frentes: World ID, como é chamado o passaporte digital que transforma o registro da íris em uma sequência numérica; Token Worldcoin (WLD), a criptomoeda que será distribuída como recompensa para todos os inscritos; World App, o aplicativo que permite fazer transações com a criptomoeda. Projeto gera polêmica Alex Blania e Sam Altman, fundadores da Tools for Humanity, empresa que opera projeto da Worldcoin Business Wire via AP Apesar de não precisar manter imagens da íris de usuários, a World vem sendo criticada pela falta de detalhes sobre como vai tratar outras informações que coleta. Isso porque a sequência numérica gerada a partir da foto funciona como um dado biométrico, que é considerado sensível. "Mesmo que a imagem do teu olho tenha ido embora, o identificador único permanece. Existe uma intenção de reutilizar esse sistema e ganhar dinheiro em cima dele fazendo autenticações", afirmou Rafael Zanatta, diretor do Data Privacy Brasil, em entrevista ao g1 em agosto de 2023 sobre o negócio. A World levanta questões sobre até que ponto uma organização independente pode coletar qualquer tipo de código genético de pessoas, analisou Nina da Hora, do Instituto da Hora, também no ano passado. "É extremamente delicada a afirmação de que precisam invadir a privacidade das pessoas para protegê-las", disse. De acordo com Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity, parceira da World, a empresa conversa e trabalha com órgãos regulares em cada país em que atua. No Brasil, ele afirma que vem tratando do assunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Como funciona Dispositivo usado para criar 'passaporte digital' da Worldcoin Darlan Helder/g1 A "foto" da irís da pessoa é tirada com a câmera Orb (veja na imagem acima) e é usada para criar um código numérico para identificar cada usuário e, de acordo com a World, é apagada logo em seguida. Segundo a organização, os usuários não precisam compartilhar nome, número de telefone, e-mail e endereço. O sistema é mais seguro que o reconhecimento facial, diz Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity, parceira da World. Veja como é feita a coleta da íris: primeiro, os interessados devem baixar um aplicativo, chamado World App; em seguida, é preciso agendar um horário em um dos locais de verificação; depois, a pessoa deve ir presencialmente até este local para que a câmera Orb capture uma imagem de alta resolução da íris; após o registro, a "foto" é criptografada de ponta-a-ponta, enviada ao celular da pessoa e deletada da Orb, segundo a organização. As ambições da empresa vão além e ela afirma que governos ao redor do mundo podem utilizar sua tecnologia em "processos democráticos globais". A iniciativa também defende que sua ferramenta pode abrir caminho para a criação de uma renda básica universal. LEIA TAMBÉM: Clones de famosos vão 'conversar' com seguidores por meio de IA da Meta; entenda Canadá manda fechar escritório do TikTok no país; governo cita 'risco à segurança nacional' WhatsApp lotado? Veja quais conversas ocupam mais espaço e como apagar fotos e vídeos antigos Empresa quer escanear a íris de toda a população mundial para coletar dados Como são os 'clones' de influenciadores que poderão interagir com fãs  Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar DTV+: o que é TV 3.0, que oferece melhor qualidade de imagem e recursos interativos

12/11/2024

Projeto do criador do ChatGPT que pretende escanear a íris da população mundial chega oficialmente ao Brasil

World inicia operação no Brasil com tecnologia que escaneia a íris para distinguir humanos de bots e combater perfis falsos no ambiente on-line. Ponto de escaneamento de íris criado pela World na Índia, em foto de 25 de julho de 2023 Reuters/Medha Singh A World, projeto cocriado por Sam Altman, CEO da OpenAI, chega ao Brasil nesta quarta-feira (13) com a proposta de escanear a íris da população. O projeto tem como objetivo auxiliar na distinção entre humanos e robôs criados por inteligência artificial. Entre os potenciais usos da inovação está a prevenção de perfis falsos em sites e redes sociais, por exemplo. Ele também pode substituir o Captcha (veja na imagem abaixo), uma ferramenta de segurança usada por vários sites para certificar que quem está acessando é um humano e não um robô. A World afirma que, hoje, uma inteligência artificial já é capaz de enganar essa checagem. Por enquanto, não há custo para quem optar pelo registro, e a pessoa pode receber 25 tokens da Worldcoin, uma moeda digital semelhante ao Bitcoin. Na conversão para o real, esse valor equivale a aproximadamente R$ 330. No segundo semestre do ano passado, a Word chegou a disponibilizar três locais de atendimento em São Paulo. Naquele período, a empresa disse que a operação era apenas um teste e que os "serviços não tinham a previsão de serem permanentes no momento". Teste do reCAPTCHA pode ser validado automaticamente em certas circunstâncias Reprodução Coleta da irís no Brasil Agora, a empresa começa a coletar as íris de brasileiros interessados em dez pontos da cidade de São Paulo. A World afirma que os endereços estarão disponíveis a partir desta quarta em seu site. A companhia não detalhou como são e quais são esses locais de coleta, mas disse que eles estarão espalhados em alguns shoppings da cidade. O registro é gratuito para todo os interessados, segundo a World. Ainda não há prazo para ampliar para outras regiões do Brasil. Além de Altman, o empresário Alex Blania também participa da iniciativa. Ambos são fundadores da Tools for Humanity, empresa responsável pela operação da World. A estrutura da World tem três frentes: World ID, como é chamado o passaporte digital que transforma o registro da íris em uma sequência numérica; Token Worldcoin (WLD), a criptomoeda que será distribuída como recompensa para todos os inscritos; World App, o aplicativo que permite fazer transações com a criptomoeda. Projeto gera polêmica Apesar de não precisar manter imagens da íris de usuários, a World vem sendo criticada pela falta de detalhes sobre como vai tratar outras informações que coleta. Isso porque a sequência numérica gerada a partir da foto funciona como um dado biométrico, que é considerado sensível. "Mesmo que a imagem do teu olho tenha ido embora, o identificador único permanece. Existe uma intenção de reutilizar esse sistema e ganhar dinheiro em cima dele fazendo autenticações", afirmou Rafael Zanatta, diretor do Data Privacy Brasil, em entrevista ao g1 em agosto de 2023. A World levanta questões sobre até que ponto uma organização independente pode coletar qualquer tipo de código genético de pessoas, analisou Nina da Hora, do Instituto da Hora, também no ano passado. "É extremamente delicada a afirmação de que precisam invadir a privacidade das pessoas para protegê-las", disse. De acordo com Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity, parceira da World, a empresa conversa e trabalha com órgãos regulares em cada país em que atua. No Brasil, ele afirma que vem tratando do assunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Como funciona Dispositivo usado para criar 'passaporte digital' da Worldcoin Darlan Helder/g1 A "foto" da irís da pessoa é tirada com a câmera Orb (veja na imagem acima) e é usada para criar um código numérico para identificar cada usuário e, de acordo com a World, é apagada logo em seguida. Segundo a organização, os usuários não precisam compartilhar nome, número de telefone, e-mail e endereço. O sistema é mais seguro que o reconhecimento facial, diz Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity, parceira da World. Veja como é feita a coleta: primeiro, os interessados devem baixar um aplicativo, chamado World App; em seguida, é preciso agendar um horário em um dos locais de verificação; depois, a pessoa deve ir presencialmente até este local para que a câmera Orb capture uma imagem de alta resolução da íris; após o registro, a "foto" é criptografada de ponta-a-ponta, enviada ao celular da pessoa e deletada da Orb, segundo a organização. As ambições da empresa vão além e ela afirma que governos ao redor do mundo podem utilizar sua tecnologia em "processos democráticos globais". A iniciativa também defende que sua ferramenta pode abrir caminho para a criação de uma renda básica universal. LEIA TAMBÉM: Clones de famosos vão 'conversar' com seguidores por meio de IA da Meta; entenda Canadá manda fechar escritório do TikTok no país; governo cita 'risco à segurança nacional' WhatsApp lotado? Veja quais conversas ocupam mais espaço e como apagar fotos e vídeos antigos Como são os 'clones' de influenciadores que poderão interagir com fãs  Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar DTV+: o que é TV 3.0, que oferece melhor qualidade de imagem e recursos interativos

12/11/2024

Jornais franceses processam o X por uso de conteúdo dos veículos na plataforma

Publicações como Le Monde, Le Figaro e Le Parisien alegam ter direito de receber por distribuição de conteúdos na rede social de Elon Musk. Rede social X, do bilionário Elon Musk AP Photo/Rick Rycroft Os principais jornais franceses, como o Le Monde, Le Figaro, Le Parisien e Les Echos, entraram com uma ação legal nesta terça-feira (12) contra o X, antigo Twitter, em um tribunal de Paris, alegando que a plataforma utiliza conteúdo dos veículos sem pagar. As publicações afirmam ter direito de cobrar pelos chamados direitos auxiliares, que permitem aos veículos de notícias receberem das plataformas digitais pela distribuição de seu conteúdo, segundo uma diretiva europeia adaptada para a legislação francesa. Além dos jornais, a ação conta com outros veículos associados ao Le Monde, como o Le Huffington Post, Télérama, Courrier International, Malesherbes Publications e Le Nouvel Obs. LEIA TAMBÉM: Após fechar escritório, X anuncia vaga de gerente no Brasil O que Musk pode ganhar com Trump na presidência? Vitória de Trump deve impulsionar sonho de Musk com Marte Na ação, os veículos dizem que o X nunca concordou em abrir negociações com editoras de notícias francesas, ao contrário do Google e da Meta. Além disso, a plataforma de propriedade do bilionário Elon Musk não teria cumprido uma ordem emitida pelo Tribunal de Justiça de Paris, em maio, de divulgar as informações necessárias para o cálculo do valor devido. "A receita desses direitos, considerando o investimento que permitiria a seus beneficiários, é um impulso à pluralidade, independência e qualidade da mídia, que são essenciais para a liberdade de expressão e o direito à informação em nossa sociedade democrática", disseram os jornais, em comunicado. Um porta-voz do tribunal de Paris disse que uma audiência sobre o caso foi marcada para 15 de maio de 2025. Questionado pelas agências Reuters e AFP, o X não se posicionou sobre a ação. A presença de Musk na campanha de Trump

12/11/2024

Clones de famosos vão 'conversar' com seguidores por meio de IA da Meta; entenda

Dona de Instagram, WhatsApp e Facebook está trabalhando no Creator AI, que permite criar versões virtuais de figuras públicas. Recurso começou a ser liberado em texto nos EUA, mas deve ganhar em 2025 uma versão que simula chamadas de vídeo com famosos. Como são os 'clones' de influenciadores que poderão interagir com fãs  A Meta, dona de Instagram, WhatsApp e Facebook, quer aproximar influenciadores de seus seguidores. Para isso, a empresa está trabalhando em uma forma de criar algo como "clones" de pessoas famosas em suas plataformas. Batizado de Creator AI, o recurso permitirá gerar versões virtuais de figuras públicas. A ideia é gerar respostas automatizadas com o estilo do criador de conteúdo para as mensagens enviadas por fãs. Uma primeira versão, para interações em texto, começou a ser liberada em julho nos Estados Unidos. Mas um modelo mais avançado, que simula ligações de vídeo com influenciadores, chega no início de 2025 aos EUA (veja vídeo acima). A novidade da Meta é apresentada para criadores como Meta como uma "extensão do seu perfil do Instagram para se conectar com mais gente na sua audiência". Em demonstração da Meta, Mark Zuckerberg 'conversou' com versão virtual de influenciador Reprodução/Meta E ela é apenas das novas formas planejadas pela Meta para lidar com o conteúdo de influenciadores. A empresa também testa uma ferramenta que poderá dublar automaticamente áudios do Reels para outros idiomas. "O Meta AI simulará a voz do falante em outro idioma e sincronizará seus lábios para corresponder", explicou a companhia. A Meta diz que está fazendo pequenos testes desse tipo de tradução no Instagram e no Facebook com criadores da América Latina e dos Estados Unidos que fazem vídeos em espanhol e inglês. "Planejamos expandir isso para mais criadores e idiomas", afirmou. Como o Creator AI vai funcionar Voltado para influenciadores, o Creator AI funciona dentro da AI Studio, plataforma da Meta que também servirá para criar personagens de IA que não são baseados em pessoas reais. O AI Studio é baseado no Llama, modelo de inteligência artificial que a empresa adotou para o Meta AI, pacote liberado para WhatsApp, Instagram e Messenger ? e que foi criticado pelas gafes. Os personagens criados no AI Studio podem ser baseados no que os influenciadores publicam nas redes sociais da Meta, como as legendas de fotos do Instagram e as postagens no Threads. Os criadores ainda terão a opção de indicar os assuntos que suas versões em IA devem evitar. Creator AI, recurso da Meta capaz de criar versões virtuais de influenciadores Divulgação/Meta "Com o AI Studio, os criadores do Instagram podem configurar uma IA como uma extensão de si mesmos capaz de responder rapidamente a perguntas comuns na DM e comentários nos stories", disse a empresa. A Meta diz ter políticas para manter os usuários em segurança e ajudar a garantir que as IAs são usadas de forma responsável. Por exemplo, as respostas geradas por inteligência artificial serão sinalizadas. No caso do Meta AI, usuários perceberam erros com as mensagens que ele gera no WhatsApp. A inteligência artificial errou cálculos matemáticos simples e não foi capaz de apresentar pessoas ou memes famosos na internet (veja abaixo). Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar

12/11/2024

Canadá manda fechar escritório do TikTok no país; governo cita 'risco à segurança nacional'

Chinesa ByteDance, dona do TikTok, disse que vai recorrer da decisão e que ela vai causar a 'destruição de centenas de empregos bem pagos'; medida não afeta uso do aplicativo, que continua disponível no país. Canadá ordena fechamento do escritório do TikTok no país. AP - Michael Dwyer O governo do Canadá mandou fechar a TikTok Technology Canada, Inc., filial canadense do TikTok, na última quarta-feira (6). O ?banimento? só vale para o escritório da empresa e não afeta o uso do aplicativo no país. ?O governo não está bloqueando o acesso dos canadenses ao aplicativo TikTok ou sua capacidade de criar conteúdo. A decisão de usar um aplicativo ou plataforma de mídia social é uma escolha pessoal?, disse o Ministro da Inovação, Ciência e Indústria canadense, François-Philippe Champagne. Segundo comunicado do governo canadense, a decisão é resultado de um processo de revisão de segurança nacional de várias etapas?, foi feita com base na Investment Canada Act (lei sobre investimento estrangeiro no país) e está relacionada aos riscos à segurança nacional ligados à chinesa ByteDance, proprietária do TikTok. ?Embora o Canadá continue a acolher o investimento estrangeiro direto, o governo agirá decisivamente quando os investimentos ameaçarem nossa segurança nacional?, concluiu o Ministro canadense em comunicado à imprensa. Em resposta, o TikTok disse que vai contestar a ordem no tribunal e que a decisão vai ?destruir centenas de empregos locais bem pagos" no país. Resposta do TikTok, divulgada no dia 6 de novembro, na íntegra: "Fechar os escritórios canadenses do TikTok e destruir centenas de empregos locais bem pagos não é do interesse de ninguém, e a ordem de fechamento de hoje fará exatamente isso. Nós contestaremos essa ordem no tribunal. A plataforma TikTok permanecerá disponível para que os criadores encontrem um público, explorem novos interesses e para que as empresas prosperem". Nos EUA, o cerco também está fechando para o TikTok Em maio, o presidente dos Estados Unidos Joe Biden sancionou projeto de lei que pode resultar no banimento do TikTok do país. Segundo a medida, a empresa chinesa de tecnologia tem até meados de janeiro de 2025 para encontrar um comprador que seja de confiança dos EUA para tocar as operações do TikTok no país. Caso contrário, o Google e a Apple terão que remover o TikTok das suas lojas de aplicativo, App Store e Play Store, respectivamente. A ideia de banir a plataforma vem desde o governo de Donald Trump, que dizia que a ByteDance, dona do TikTok, representava um risco para a segurança do país porque a China poderia se aproveitar do poder da empresa para obter dados de usuários americanos. O TikTok, por sua vez, sempre negou. Veja mais: TikTok é processado por ?promoção ao suicídio? de adolescentes por 7 famílias na França Órgão ligado ao governo abre processo contra TikTok por suspeita de violação de dados de crianças e adolescentes O novo homem mais rico da China: quem é o fundador do TikTok Por que o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos? TikTok vai sair dos EUA? Influenciador se inspira em Doramas para vídeos no TikTok com milhões visualizações

11/11/2024

O holograma em vitrine da Holanda usado para tentar desvendar assassinato de prostituta

A morte por esfaqueamento de uma jovem húngara, assassinada logo após dar à luz, intriga a polícia há 15 anos. O holograma representa Betty Szabo, que foi assassinada em Amsterdã em 2009. Polícia holandesa via BBC Um holograma de uma jovem prostituta assombra o famoso red light district (distrito da luz vermelha) de Amsterdã, capital da Holanda. De calça jeans desbotada, sutiã com estampa de leopardo e uma tatuagem que serpenteia pela barriga e pelo peito, a imagem em 3D gerada por computador estende a mão e parece bater na vitrine para chamar a atenção. ? Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Ela se inclina para frente, respira no vidro, gerando condensação, e escreve a palavra help ("socorro"). O holograma foi criado para representar Bernadette "Betty" Szabo, uma húngara de 19 anos que foi assassinada poucos meses após dar à luz em 2009. Sua morte por esfaqueamento intriga a polícia há 15 anos. E, agora, detetives holandeses do departamento de casos arquivados não solucionados estão usando a tecnologia inovadora pela primeira vez em uma tentativa de desvendar o crime. A imagem da jovem assassinada está sendo projetada por trás de uma das vitrines do distrito da luz vermelha, ao lado de centenas de mulheres que continuam a ganhar a vida nesse setor notoriamente arriscado. Os investigadores esperam que o holograma realista ajude a refrescar a memória das pessoas ? e chame a atenção para o assassinato não solucionado. Até agora, o assassino de Betty conseguiu escapar da Justiça, mas a detetive Anne Dreijer-Heemskerk, especializada em casos arquivados, está determinada a mudar isso. "Uma mulher jovem, de apenas 19 anos, teve a vida tirada de uma forma bastante terrível", diz ela. Szabo levava uma vida difícil, e sua história foi marcada por dificuldades e resiliência, de acordo com a detetive. O holograma de Betty Szabo escreve a palavra help ('socorro') no vidro. Robin van Lonkhuijsen/EPA-EFE/REX/Shutterstock via BBC Ela se mudou para Amsterdã aos 18 anos, e engravidou logo depois. Ela continuou a trabalhar durante a gestação, retornando ao trabalho logo após o nascimento do filho. Na madrugada de 19 de fevereiro de 2009, duas prostitutas foram conferir como a jovem mãe estava, durante um intervalo entre os clientes, porque perceberam que sua música habitual não estava tocando. Quando entraram em seu prostíbulo, um pequeno quarto com uma cama coberta de plástico, penteadeira e pia, encontraram o corpo de Betty Szabo. Ela foi assassinada três meses depois de dar à luz, vítima de um ataque selvagem com faca. O bebê foi colocado em um orfanato, e nunca vai conhecer a mãe ? um fato que motiva os detetives. Embora a polícia tenha iniciado imediatamente uma investigação de homicídio, seu assassino nunca foi encontrado. Eles revisaram as imagens das câmeras de segurança, e interrogaram possíveis testemunhas. A maioria das pessoas que observam as mulheres com pouca roupa por trás das vitrines com luz de neon vermelho são turistas. A polícia suspeita que o autor do crime tenha vindo do exterior. Agora, eles estão fazendo um apelo às pessoas que podem ter visitado Amsterdã a puxar pela memória, oferecendo uma recompensa de 30 mil euros (R$ 186 mil) para incentivar testemunhas a se apresentarem. A maior parte das pessoas que observam as mulheres nas vitrines são turistas. Robin van Lonkhuijsen/EPA-EFE/REX/Shutterstock via BBC Enquanto Amsterdã estuda planos controversos de transferir seus famosos bordéis para uma "zona erótica" fora da cidade, o holograma de Betty Szabo oferece um lembrete pungente da vulnerabilidade das profissionais do sexo em uma área que, apesar de uma série de medidas de segurança, continua perigosa. As prostitutas manifestaram receio de que retirar as mulheres que vendem sexo da vista do público poderia expô-las a um perigo ainda maior. O fato de um crime tão violento poder ocorrer em uma das áreas noturnas mais movimentadas da Holanda sem que testemunhas se apresentassem continua a intrigar os investigadores. No histórico distrito da luz vermelha, onde Betty Szabo viveu e trabalhou, a presença digital da jovem prostituta lembra aos transeuntes que seu assassinato ainda não foi desvendado.

11/11/2024

Garantia de celular: qual é o prazo, o que cobre e como ela pode ser acionada

Código de Defesa do Consumidor prevê garantia legal de 90 dias em caso de defeitos em produtos como smartphones, mas fabricantes podem ampliar esse prazo por conta própria. Além da garantia legal, fabricantes de celular também costumam oferecer garantia contratual, em que estendem período de assistência gratuita Pongsawat Pasom/Unsplash Falhas na fabricação de produtos como celulares e outros eletrônicos permitem acionar a garantia, em que o cliente não precisa pagar para resolver o problema. Mas qual é o prazo dessa garantia? O que ela cobre? E o que pode ser feito nesse tipo de situação? As regras aparecem no Código de Defesa do Consumidor, que prevê uma garantia legal em casos de defeitos. Para celulares (e outros produtos e serviços duráveis), a garantia legal é de 90 dias ? para itens não duráveis, o prazo é de 30 dias. ? O que a garantia legal cobre? É possível usar a garantia de 90 dias se o produto estiver deteriorado, adulterado ou falsificado, bem como se for nocivo à saúde ou se estiver em desacordo com normas de fabricação, distribuição ou apresentação. São os chamados vícios no aparelho. ? No caso de "vícios aparentes ou de fácil constatação", a garantia começa a contar na entrega do produto ou no término da execução do serviço. Para vícios ocultos, ela só passa a valer quando o problema é identificado. "O vício oculto é exatamente quando não se percebe, quando não consegue constatar, verificar [logo após a compra]. Ele é silencioso até um determinado momento", explica o diretor de assuntos jurídicos do Procon-SP, Robson Campos. Se você identificar um defeito de fabricação no celular, acione os fornecedores (loja ou fabricante), que, inicialmente, devem tentar sanar o problema no prazo de 30 dias. Se isso não for possível, você tem o direito de decidir: ? substituir por um novo aparelho; ? devolver o aparelho e receber de volta todo o valor pago; ? ou ficar com o aparelho e receber de volta parte do valor pago correspondente ao dano do aparelho, como acordado com o fabricante. E o prazo de garantia de 1 ano? Além da garantia legal de 90 dias, algumas fabricantes ampliam esse prazo por conta própria. É a chamada garantia contratual, que, para celulares, costuma ser de um ano. Esta garantia costuma seguir os moldes do que está previsto no Código de Defesa do Consumidor, mas é importante verificar documentos que a fabricante envia junto ao aparelho para entender o que ela abrange. Em geral, as empresas usam esses termos para informar o que a garantia contratual cobre e não cobre, além de orientações sobre o que fazer para acioná-la. "A partir do momento em que o fornecedor disponibiliza uma garantia contratual, essa que vem no manual junto do produto, tem que haver informações claras, detalhadas", diz Campos, do Procon-SP. Como funciona a garantia estendida? Antes da comprar ser finalizada, algumas lojas oferecem uma garantia estendida, que aumenta o período da assistência e as situações em que ela pode ser acionada. Esse tipo de serviço é oferecido em um contrato separado. "A garantia estendida não substitui a garantia legal e a garantia contratual. É um produto específico, em que há uma remuneração específica para o aparelho ter um reparo, uma rede de assistência", diz Campos. Posso me arrepender da compra? ? A lei prevê o direito de arrependimento, em que é possível devolver o produto e ter o dinheiro de volta até sete dias após a compra, mas isso só vale quando ela acontece fora do estabelecimento, como em compras feitas por internet ou pelo telefone. O que muda do iPhone 15 para o iPhone 16?

09/11/2024

Vitória de Trump deve impulsionar sonho de Musk com Marte

Fontes indicam que novo governo pode favorecer contratos privados para acelerar a SpaceX em missões interplanetárias. Elon Musk pula no palco de comício de Donald Trump em Butler, na Pensilvânia, em 5 de outubro de 2024. AP Photo/Evan Vucci O sonho do bilionário Elon Musk de levar pessoas a Marte se tornará uma prioridade nacional sob o governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. À agência Reuters, fontes disseram que haverá grandes mudanças para o programa lunar da Nasa e um impulso para a SpaceX, empresa aeroespacial de de Musk. O programa Artemis ? que tem como objetivo usar o foguete Starship para testar missões à Lua antes de Marte ? deverá se concentrar mais no planeta vermelho sob o comando de Trump e visar missões sem tripulação nesta década, de acordo com quatro pessoas familiarizadas com a crescente agenda de política espacial do republicano. A Nasa sob o comando de Trump provavelmente favorecerá contratos espaciais de preço fixo que transfiram maior responsabilidade para as empresas privadas e reduzam os programas de orçamento excessivo que sobrecarregaram a Artemis. ???? Quer viajar para o espaço? 'Passeio' para turistas custa a partir de R$ 1 milhão ? Rumo a Marte: veja quais são os planos da SpaceX Musk, que dançou no palco em um comício de Trump usando uma camiseta com a frase "Ocupar Marte" em outubro, gastou US$ 119 milhões na candidatura de Trump à Casa Branca e elevou com sucesso a política espacial em um momento incomum da transição presidencial. Em setembro, Trump disse a repórteres que a Lua é uma "plataforma de lançamento" para seu objetivo final de chegar a Marte. Elon Musk (à esquerda), bilionário e dono da rede social X, e Donald Trump, futuro presidente dos Estados Unidos. David Swanson/Reuters/Alex Brandon/AP "No mínimo, vamos ter um plano mais realista para Marte, você verá Marte sendo definido como um objetivo", disse Doug Loverro, consultor do setor espacial que já liderou a unidade de exploração humana da Nasa durante o governo de Trump, que foi presidente dos EUA de 2017 a 2021. A SpaceX, Musk e a campanha de Trump não responderam aos pedidos de comentários. Uma porta-voz da Nasa disse que "não seria apropriado especular sobre quaisquer mudanças com o novo governo". Os planos ainda podem mudar, acrescentaram as fontes, à medida que a equipe de transição de Trump toma forma nas próximas semanas. Trump lançou o programa Artemis em 2019 durante seu primeiro mandato e foi uma das poucas iniciativas mantidas sob o governo do presidente Joe Biden. Os assessores espaciais do republicano querem renovar um programa que, segundo eles, definhou em sua ausência, disseram as fontes. Foguete da SpaceX pousa na base após impulsionar a nave Starship para seu segundo voo completo, neste domingo (13/10) SpaceX Musk, que também é proprietário da Tesla e da startup Neuralink, tem feito da redução da regulamentação governamental e da redução da burocracia outra base fundamental de seu apoio a Trump. Para o espaço, os desejos de desregulamentação de Musk provavelmente desencadearão mudanças na Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês), cuja supervisão de lançamentos de foguetes privados frustrou Musk por retardar o desenvolvimento da Starship. Musk, cujas previsões às vezes se mostraram excessivamente ambiciosas, disse em setembro que a SpaceX pousará a Starship em Marte em 2026 e que uma missão tripulada virá em seguida, dentro de quatro anos. Trump disse em comícios que discutiu essas ideias com Musk. Como é a nave Starship? Tem 120 metros de altura (somando nave Starship e propulsor Super Heavy) e 9 metros de diâmetro. Poderá transportar até 100 pessoas. É projetada para ser reutilizável, assim como outras naves da SpaceX. Tem capacidade para transportar até 250 toneladas, se puder ser descartada após uma missão, e 150 toneladas, quando precisar ser reutilizada. A nave é dividida em dois segmentos: a cápsula (que carrega cargas e pessoas) e o foguete propulsor (na parte inferior). Confira: Veja detalhes da Starship g1 Turistas fazem primeira caminhada espacial de missão privada Confira os melhores momentos do 2º voo completo da Starship, nave mais poderosa do mundo SpaceX lança 1º satélite de madeira do mundo Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar

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